Deltacron: Pesquisador afirma ter encontrado ‘junção’ entre variantes delta e ômicron

No mundo há 25 casos confirmados, um deles no Brasil

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Nova variante do coronavírus
Nova variante do coronavírus

Um professor de ciências biológicas da Universidade do Chipre anunciou, no último sábado (8), uma possível convergência da assinatura genética da variante ômicron do coronavírus, em genomas da variante delta. A origem da suposta nova variante poderia ser um paciente contaminado pelas duas cepas, de forma simultânea. A partir da interação de ambas no organismo infectado, teria surgido a Deltacron.

O autor da comunicação foi o professor Leondios Kostriki, cuja revelação foi feita em entrevista à Sigma TV. Na entrevista, ele afirmou que: “Atualmente existem coinfecções ômicron e delta, e encontramos essa cepa que é uma combinação dessas duas”. A partir da comunicação do pesquisador, surgiram dúvidas: estaríamos mesmo diante de uma nova variante do vírus?

A nova variante Deltacron, a princípio, poderia ser um erro causado pela contaminação das amostras em laboratório. A situação, porém, estava sendo investigada, até a suposta confirmação de um caso no Brasil que viajava na Europa.

O que se sabe sobre a Deltacron?

Como a cepa é nova e ainda carece de confirmação oficial, pouco se sabe sobre qual seu potencial de transmissibilidade ou até mesmo sobre a gravidade causada pela variante. De acordo com o Canal Tech, as descobertas vieram depois que as amostras foram processadas e passaram por vários procedimentos de sequenciamento. Em comunicado, divulgado no domingo (9), o cientista negou a existência de algum erro ou caso de contaminação no laboratório e defendeu a formação natural da nova cepa.

Com o surgimento e a identificação de novos casos da Deltacron, deve-se permitir uma análise e estudos mais precisos da situação, pelos cientistas. Os sintomas da suposta nova variante seriam praticamente os mesmos das outras variantes e do próprio vírus da Covid-19, semelhantes ao da gripe e resfriado: dor de cabeça, febre, coriza, dor de garganta, espirro, tosse seca.

A jornalista brasileira Camila Fiorini, de 26 anos, teria sido diagnosticada com variante da covid. Ela testou positivo após uma viagem à Europa. Para voltar para o Brasil, a jornalista fez o teste e, devido à confirmação positiva, sua passagem foi adiada. A jovem começou a apresentar sintomas como febre, tosse e dor de garganta, e precisou ficar de quarentena. Camila já recebeu as duas doses da vacina, e passa bem.

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)

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