Cristina Kirchner é condenada a seis anos de prisão por corrupção

Vice da Argentina foi condenada por administração fraudulenta em esquema de licitações, mas não ficará presa

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Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina (Reprodução, Internet)

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada pela Justiça do país, nesta terça-feira (6), a seis anos de prisão por corrupção.

Kirchner foi acusada de liderar uma organização criminosa e por administração fraudulenta, sendo condenada apenas pela segunda acusação. O julgamento é considerado o maior contra a corrupção na história da Argentina, e o primeiro que julga um líder no poder. Ao todo, a Promotoria pedia 12 anos de prisão.

Segundo a denúncia do Ministério Público, em 2003, o então marido de Cristina, Néstor Kirchner, criou a própria empreiteira e colocou um amigo sem qualquer experiência como chefe. Lázaro Baez passou de caixa de banco a um dos maiores empresários argentinos em poucos meses. Na época, as licitações eram sempre ganhas por ele. Das obras analisadas, houve superfaturamento de até 102%.

Apesar de condenada, Cristina Kirchner não será presa, já que possui foro privilegiado. A sentença será apelada à segunda instância, e só será definitiva depois do veredito deste Supremo Tribunal, num processo que pode levar muitos anos. Como na Argentina não existe a lei de ficha limpa, ela ainda poderá ser candidata a cargos públicos.

Além disso, mesmo que condenada em última instância, na Argentina, os maiores de 70 anos têm direito a prisão domiciliar, e Cristina completa 70 anos em fevereiro.