NBA investiga racismo contra Lin, que diz ter sido chamado de ‘coronavírus’
A NBA irá investigar a denúncia de racismo feita pelo jogador taiwanês-americano Jeremy Lin, que relatou o aumento de ofensas preconceituosas contra atletas de origem asiática e afirmou ter sido chamado de “coronavírus” em quadra em mais de uma ocasião. O jogador defende o Santa Cruz Warriors, time ligado ao Golden State e que disputa […]
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A NBA irá investigar a denúncia de racismo feita pelo jogador taiwanês-americano Jeremy Lin, que relatou o aumento de ofensas preconceituosas contra atletas de origem asiática e afirmou ter sido chamado de “coronavírus” em quadra em mais de uma ocasião.
O jogador defende o Santa Cruz Warriors, time ligado ao Golden State e que disputa a G-League, a liga de desenvolvimento do basquete dos Estados Unidos. Em desabafo, Lin foi às redes sociais denunciar ter sido vítima de racismo, sem especificar quando ocorreu o episódio e de quem partiu a ofensa, e relatou estar cansado de sofrer preconceito nos Estados Unidos.
“Algo está mudando nesta geração de asiático-americanos. Estamos cansados de ouvir que não experimentamos racismo, estamos cansados de ouvir que devemos manter a cabeça baixa e não criar problemas. Estamos cansados de ver crianças asiático-americanas crescendo e sendo questionadas de onde elas são realmente, de ter nossos olhos ridicularizados, de ser objetivadas como exóticas ou de ouvir que somos inerentemente pouco atraentes”, desabafou.
“Ser um asiático-americano não significa que não vivemos pobreza e racismo. Ser um veterano de nove anos da NBA não me protege de ser chamado de “coronavírus” em quadra. Estamos cansados dos estereótipos em Hollywood afetando nossa psique e limitando quem pensamos que podemos ser. Estamos cansados de ser invisíveis”, completou.
Nascido em Los Angeles, o armador se formou em Harvard e, desde esta época, sofreu com insultos racistas. Em 2017, ele já havia dito que havia sido alvo de preconceito quando atuava na NBA. As suas palavras em tom de desabafo repercutiram e Lin voltou às redes sociais para dizer que não vai delatar quem o chamou de ‘coronavírus’.
“Eu sei que isso vai decepcionar alguns de vocês, mas não vou dar o nome ou envergonhar ninguém. O que adianta nesta situação alguém ser demolido? Isso não torna minha comunidade mais segura nem resolve nenhum de nossos problemas estruturais com o racismo”, opinou o jogador.
“Combater a ignorância com a ignorância não nos levará a lugar nenhum. Compartilhar nossa própria dor pintando outro grupo de pessoas com estereótipos não é o caminho. Ouça as vozes que nos ensinam como ser antirracistas com todas as pessoas. Ouça as histórias dos outros, expanda sua perspectiva, pare de comparar experiências. Acredito que esta geração pode ser diferente”, acrescentou o armador.
A última temporada do armador na NBA foi em 2018/2019, quando foi campeão com o Toronto Raptors. Lin também passou por Atlanta Hawks, Brooklyn Nets, Charlotte Hornets, Los Angeles Clippers, Houston Rockets, New York Knicks e Golden State Warrios.
O seu melhor momento na NBA foi pelos Knicks, quando ajudou o time a chegar aos playoffs em 2012. A ‘Linsanity’ tomou conta dos Estados Unidos e ele foi listado pela Revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. (Com informações do Estadão Conteúdo).
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