Contatamos autoridades da Rússia para analisar dados sobre vacina, diz OPAS

Diretor assistente da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), Jarbas Barbosa afirmou nesta terça (11), durante entrevista coletiva, que a OMS (Organização Mundial de Saúde) está em contato com autoridades da Rússia, a fim de obter dados sobre a vacina para covid-19 anunciada por Moscou. Barbosa ressaltou que, após ter essas informações, a OMS as revisará, […]

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Diretor assistente da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), Jarbas Barbosa afirmou nesta terça (11), durante entrevista coletiva, que a OMS (Organização Mundial de Saúde) está em contato com autoridades da Rússia, a fim de obter dados sobre a vacina para covid-19 anunciada por Moscou. Barbosa ressaltou que, após ter essas informações, a OMS as revisará, a fim de adotar uma posição “sobre essas e outras vacinas”.

A Opas é o braço da OMS nas Américas. Questionado se as entidades iriam comprar a vacina da Rússia, Barbosa disse que primeiro será preciso revisar os dados, para garantir “a segurança e a eficácia” da vacina russa. De qualquer modo, ele considerou importante que nações das Américas busquem aumentar sua capacidade de produzir vacinas, para o caso de que existam boas alternativas.

“Não há vacina 100% eficaz”, comentou Barbosa, lembrando que em todos os casos será preciso analisar e descobrir de quanto exatamente é a proteção dada por elas.

Também presente na coletiva, a diretora da Opas, Carissa Etienne, lembrou que o quadro da pandemia nas Américas ainda é complexo, citando que a região tem registrado diariamente mais de 100 mil novos casos da covid-19 e também mencionando o fato de que o Brasil superou recentemente 100 mil mortes pela doença. Nesse quadro, o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, Marcos Espinal, reforçou a importância de que as reaberturas econômicas sejam conduzidas “com muito cuidado”, a fim de evitar novos surtos da doença.

Em outro momento da coletiva, Barbosa falou sobre o quadro em alguns países da região. Ele destacou o fato de que a Bolívia tem registrado “um avanço forte” do vírus nos últimos dias, sobretudo nas maiores cidades, como La Paz.