Neste domingo (20), o presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou que o país vive numa situação de guerra. O representante do país comentou que os protestos deixaram dez mortos e quase 1,5 mil de pessoas foram presas. “Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita ninguém e está disposto a usar a violência e a delinquência sem limite algum”, disse.

Foi declarado estado de emergência na capital e em outras nove, das 16 regiões chilenas. Os protestos começaram devido ao aumento da passagem de metrô, que foi de um valor equivalente a US$ 1,12 para US$ 1,16. O governo já suspendeu a metida, mas os chilenos se uniram contra outros assuntos nacionalistas.

Segundo reportagem do site DW, maior parte da população está descontente, e acreditam que o descaso do governo é um dos principais problemas. Como forma de protesto, os chilenos tomaram 27 estações de metrô da linha 1, uma das sete que formam a rede de metrô da cidade, foram reabertas nesta segunda-feira.

Com as manifestações, 78 estações e vários vagões sofreram danos contabilizados em mais de 300 milhões de dólares pela empresa estatal que administra a rede de transportes. Centenas de voos foram cancelados no aeroporto da capital. “Este é um problema entre os que querem liberdade, e viver em paz e os que querem destruir nosso país, e vamos ganhar essa batalha”, afirmou o presidente.

Neste domingo (20), Santiago amanheceu com várias equipes de patrulha das Forças Armadas para contenção dos protestos. Segundo informaçõe do governo Piñera, são cerca de 9.500 militares e policiais fazem patrulha em Santiago e outras nove regiões.

A cidade e outras regiões do país, como Valparaíso (centro) e Concepción (sul), passaram a ter um toque de recolher depois do decretamento do estado de emergência.  Desde 1990 a capital chilena não é patrulhada por soldados, a última vez que isto ocorreu foi no período da militar, do general Augusto Pinochet.