Egito aprova medida que amplia o mandato do atual presidente

Os eleitores do Egito aprovaram uma reforma constitucional que amplia o mandato presidencial, a medida prevê que o atual presidente do país,  Abdel Fatah al-Sisi, continue no poder até 2030. A reforma prolonga a duração do mandato presidencial de quatro para seis anos e prevê um máximo de dois mandatos consecutivos para o ocupante do cargo. O “sim” venceu […]

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Os eleitores do Egito aprovaram uma reforma constitucional que amplia o mandato presidencial, a medida prevê que o atual presidente do país,  Abdel Fatah al-Sisi, continue no poder até 2030. A reforma prolonga a duração do mandato presidencial de quatro para seis anos e prevê um máximo de dois mandatos consecutivos para o ocupante do cargo.

O “sim” venceu o referendo com o apoio de 88,8% dos 27 milhões de eleitores que participaram da votação, segundo divulgaram na terça-feira, 23, autoridades eleitorais.

As alterações constitucionais abrem a possibilidade para Sisi tentar a reeleição ao fim do atual mandato, permanecendo no poder até 2030 em caso de vitória. O presidente já foi reeleito no ano passado, mas os parlamentares acrescentaram um artigo provisório para permitir que ele estenda o atual mandato para seis anos e possa disputar mais uma vez as eleições, em 2024.

Sisi usou o Facebook para comemorar os resultados e elogiou os egípcios que votaram com “consciência patriótica” diante dos desafios que o país enfrenta atualmente.

Ativistas e a oposição usaram as redes sociais para fazer campanha pelo “não” por considerar que as mudanças abrem caminho para um regime autoritário controlado por Sisi.

Os mais críticos da reforma ressaltaram o papel que as Forças Armadas adquirem com as alterações, sendo agora encarregadas de “proteger a Constituição e a democracia, preservar os fundamentos básicos do Estado e sua natureza civil”.

Para os opositores, a reforma é a derrota definitiva da revolução ocorrida no país em 2011. Após a queda de Hosni Mubarak, os egípcios aprovaram uma nova Constituição que limitava a permanência do presidente no poder. O referendo consolida também o poder de Sisi, que chegou ao cargo após um golpe de Estado em 2013.

Com informações da Deutsche Welle