Chefe militar da Colômbia é acusado de execuções

O comandante-chefe do Exército colombiano, Nicácio de Jesús Espinel, está sendo acusado de comandar uma brigada responsável por 283 execuções extrajudiciais durante o conflito com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), segundo reportagem do jornal espanhol El País, citando o Ministério Público. As execuções teriam ocorrido quando Martínez Espinel este…

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Foto: Claudia Rubio / EL TIEMPO
Foto: Claudia Rubio / EL TIEMPO
O comandante-chefe do Exército colombiano, Nicácio de Jesús Espinel, está sendo acusado de comandar uma brigada responsável por 283 execuções extrajudiciais durante o conflito com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), segundo reportagem do jornal espanhol El País, citando o Ministério Público. As execuções teriam ocorrido quando Martínez Espinel esteve à frente, entre outubro de 2004 e janeiro de 2006, de uma brigada que atuou nos departamentos caribenhos de La Guajira e Cesar.

Pelo menos 23 casos remontam a esse período, quando, segundo o jornal, o general era chefe do Estado-Maior da brigada. O diário espanhol explica que os documentos foram entregues por fontes próximas da investigação dos chamados “falsos positivos”, que se referem aos assassinatos de civis cometidos por militares durante o conflito armado e apresentados depois como guerrilheiros das Farc.

Martínez Espinel foi indicado em dezembro pelo presidente Iván Duque para assumir o comando do Exército e deve ser promovido a general de quatro-estrelas, a máxima graduação na hierarquia. O debate sobre sua promoção causou uma grande discussão política na Colômbia e provocou críticas de várias ONGs.

O general alega que tinha funções exclusivamente administrativas no batalhão. A Procuradoria abriu uma investigação para determinar se as últimas decisões do general colocaram a população civil em risco. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Conteúdos relacionados

pantanal lula fogo política