ONU adverte que Coreia do Norte não abandonou programa nuclear

A Coreia do Norte não abandonou seu programa nuclear, diz relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), no qual a organização adverte que as atividades atômicas do país asiático continuam gerando “grave preocupação”. “A continuidade e o posterior desenvolvimento do programa nuclear da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A Coreia do Norte não abandonou seu programa nuclear, diz relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), no qual a organização adverte que as atividades atômicas do país asiático continuam gerando “grave preocupação”.

“A continuidade e o posterior desenvolvimento do programa nuclear da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] e as declarações a respeito do país são motivo de grande preocupação”, disse a Aiea.

A organização afirma, portanto, que não há indícios de que a Coreia do Norte tenha interrompido as atividades nucleares desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jon-un, anunciaram em junho disposição para conseguir a desnuclearização da região.

No documento, a Aiea enumera as resoluções de condenação que o Conselho de Segurança emitiu após os sucessivos testes de armas nucelares pela Coreia do Norte.

“Contrariamente aos requerimentos dessas resoluções, a RPDC não abandonou seu programa nuclear de forma completa, verificável e irreversível, nem interrompeu todas as atividades relacionadas”, acrescenta o relatório, redigido pelo diretor-geral da Aiea, Yukiya Amano.

Amano lembrou que, no começo do ano, o regime norte-coreano anunciou que tinha alcançado seu objetivo de “aperfeiçoar as forças nucleares nacionais” após as seis detonações de armas atômicas realizadas entre 2006 e setembro do ano passado.

Depois, Kim Jong-un mostrou seu compromisso de acabar com o programa atômico, primeiro em um encontro em abril com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e depois na histórica reunião com Trump em Singapura.

A Aiea também assegura que continua sem poder realizar inspeções na Coreia do Norte e que, portanto, seu “conhecimento do programa nuclear da RPDC é limitado”.

Conteúdos relacionados