Mário Benítez, do Partido Colorado, foi eleito presidente do Paraguai nesse domingo (22) com 46,65% dos votos.

Segundo informações da Agência Brasil, em seu primeiro discurso como presidente eleito, Benítez reiterou a promessa de campanha, de combater a corrupção e prometeu nova era de união, sem “divisões estéreis”.

Com exceção de um, desde 1947, quase todos os presidentes paraguaios foram colorados – inclusive o ex-ditador Alfredo Stroessner, que governou o pais durante 35 anos e de quem o pai de Mario Abdo foi secretário particular. “Não posso deixar de lembrar meu pai, que foi um grande colorado”, disse Abdo, ao comemorar a eleição.

Fundado em setembro de 1887, o Partido Colorado é um partido de tendência conservadora e nacionalista, desde 1947  é praticamente o único no poder.

A vitória de Benítez foi apertada, ele venceu com 46,65% dos votos, contra 42,7% de Efraín Alegre, do partido liberal. Cerca de 61% da população paraguaia votou nesse domingo (22).

O compromisso de Benitez é dar continuidade à política de incentivos fiscais do atual presidente Horácio Cartes (Partido Colorado), que ajudou a atrair investimentos e empresas estrangeiras, muitas inclusive do Brasil. A economia paraguaia vem crescendo, cerca de 4% ao ano, e apesar do crescimento constante a desigualdade social no país permanece extensa, cerca de 26 % da população paraguaia vive na extrema pobreza.

O novo presidente

Mário Abdo Benitez, tem 46 anos, é graduado em Marketing pela Teikyo Post University de Connecticut, Estados Unidos. Ingressou nas Forças Armadas do Paraguai aos 18 anos, em 1989, onde assumiu o posto de Segundo Tenente da Reserva.

Em 2005, aos 34 anos, Benitez se tornou membro do movimento republicano nacional, momento em que ingressou na vida política. Foi eleito senador em 2013 e em 2015 assumiu o posto de presidente do Congresso, onde permaneceu até 2016, já em 2017 ganhou as primárias presidenciais do Partido Colorado com 51,01% vos votos. Na eleição presidencial Benitez concorreu com outros oito candidatos, ganhando por uma diferença percentual de aproximadamente 4%.

Foto - Andres Stapff/Reuters