Brasileiro é condenado a oito anos por envolvimento com o Estado Islâmico

Ele foi julgado pela justiça espanhola 

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Ele foi julgado pela justiça espanhola 

Nessa terça-feira (10), a Justiça da Espanha condenou dez membros de uma célula juhadista ligada ao grupo Estado Islâmico. As penas variam entre 12 anos para os dirigentes da organização e oito anos para os demais participantes, entre eles o brasileiro Kayke Luan Ribeiro Guimarães.

De acordo com o G1, o brasileiro, que é natural de Goiás, foi preso em 2014 quando tentou atravessar a fronteira entre a Bulgária com a Turquia. A polícia da Catalunha já vinha o monitorando por suspeita de união com o grupo extremista Estado Islâmico.

A Justiça Espanhola afirmou que o grupo fotografou monumentos de Barcelona que pretendiam atacar e consideravam também sequestrar uma pessoa, vesti-la com um macacão laranja e executá-la enquanto gravavam um vídeo.

A nota do judiciário espanhol ainda disse que os dez condenados formaram uma célula ou grupo terrorista “com o único propósito e razão de atender e servir aos princípios identificados com o Daesh (Estado Islâmico), atentos para realizar, a qualquer momento, um ataque contra instituições como a polícia, entidades bancárias ou interesses judeus estabelecidos na Espanha, ou se juntar às fileiras do Daesh”

O Itamaraty diz que vem acompanhando o caso desde 2014. “Agentes consulares brasileiros realizaram visitas aos estabelecimentos prisionais em que o brasileiro se encontrou detido, prestando-lhe assistência, verificando seu estado de saúde e mantendo contato com sua família.

Organização

De acordo com a sentença, desde o primeiro trimestre de 2014 começou a se formar entre os frequentadores da mesquita de Terrasa, na Catalunha, um grupo que pretendia constituir uma célula satélite do Estado Islâmico para levar adiante os postulados da organização terrorista. O grupo era denominado de “Fraternidade Islâmica, Grupo para a pregação do Jihad”.

O grupo recrutava e doutrinava jovens para abandonar a Espanha para juntar-se com os combatentes na Síria ou no Iraque e realizar ataques contra alvos relevantes dentro do país.