Alfie Evans, de quase dois, morreu a manhã deste sábado (28), cinco dias após ter os aparelhos desligados em um hospital de Liverpool, no Reino Unido. O bebê de quase dois anos foi alvo de polêmica, após os pais discordarem da decisão dos hospital de descontinuar o tratamento para a doença incurável que ele tinha.

De acordo com informações publicadas pela BBC, os pais de Alfie perderam a ação do recurso que entraram para impedir o desligamento das máquinas que o mantinham vivo.

“Meu gladiador abaixou seu escudo e ganhou asas…(estou) absolutamente com o coração arrasado”, escreveu o pai de Alfie, Tom Evans, no Facebook.

Alfie Evans estava internado desde dezembro, e havia mais de um ano que seu estado era semi vegetativo, por ser portador de uma doença degenerativa incurável.

A família estava contra os médicos sobre como proceder no tratamento do bebê, o que gerou uma grande comoção no Reino Unido. Os pais de Alfie tentavam levá-lo para um hospital ligado ao Vaticano, na Itália, que havia oferecido um tratamento alternativo. Até mesmo o papa Francisco manifestou apoio à família Evans pelo Twitter.

A direção do hospital de Liverpool impediu a transferência do menino, dizendo que a continuidade do tratamento não seria “o melhor para Alfie” e que levar à frente o tratamento seria “inútil” e “desumano”, já que ele apresentava uma “degradação muito grave de tecido cerebral”.

Conforme publicado pela BBC, a justiça do Reino Unido decidiu que o tratamento podia ser interrompido, contrariando a vontade dos pais. A decisão diz que o bebê merecia “paz, calma e privacidade”.