Adolescente marroquina é sequestrada e torturada por dois meses

Uma adolescente de 17 anos foi sequestrada e agredida por 12 homens no Marrocos. A jovem Khadija passou dois meses nas mãos dos sequestradores e sofreu tortura. Khadija foi estuprada, queimada com cigarro e tatuada à força.

O caso gerou mobilização no país depois que um vídeo onde ela apresenta as sequelas do sequestro viralizou nas redes sociais. Depois da divulgação, 12 pessoas foram presas e serão julgadas no próximo dia 6 de setembro.

Comovidos com a situação da jovem, pessoas pelo mundo todo passaram a utilizar as hasgtags #JusticePourKhadija e #WeAllKhadija. Os internautas começaram a exigir que os homens fossem presos e muitos profissionais ofereceram ajuda à adolescente.

Na última terça-feira (28), famosos marroquinos, como a escritora Leila Slimani, autora do livro “Chanson Douce” (Cnação de Ninar), publicaram em veículos de comunicação o apoio “WeAllKhadija” em protesto ao silêncio do Estado.

A história da adolescente foi contada em inúmeros canais de televisão e jornais pelo mundo. Segundo o jornal El Espectador, a jovem afirmou que não consegue se lembrar do dia em que a tatuaram, que acordou um dia e sentiu que os braços estavam inchados e doendo, momento em que se deparou com os desenhos feitos na pele.

Khadija disse, ainda, que os sequestradores passaram a vende-la, aceitando dinheiro ou drogas.

Os pais de um dos sequestradores afirmou nas redes sociais que o filho jamais abusaria da jovem e que Khadija estaria envolvida em casos de prostituição. Os comentários difamatórios por parte de parentes e amigos dos réus geraram dúvidas em alguns internautas, que passaram a defende-los.

Entretanto, há pessoas que afirmam ser uma tática das famílias, difamar a jovem, para que os suspeitos sejam inocentados e não sofram retaliações sociais.