Trump estuda ‘quando e como’ transferir embaixada em Israel para Jerusalém

Não reconhecem cidade como capital do país

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Não reconhecem cidade como capital do país

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está estudando “quando e como” transferir a embaixada do país em Israel para Jerusalém, afirmou nesta terça-feira (28) o vice-presidente americano, Mike Pence.

“O presidente Trump está considerando ativamente quando e como movimentar a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém”, afirmou Pence durante um evento para comemorar o 70º aniversário da resolução da ONU que levou à criação do Estado de Israel.

A mudança da embaixada é uma promessa eleitoral de Trump, que, no entanto, prorrogou em junho, por mais seis meses, a lei que estabelece que Tel Aviv seja sede da legação diplomática.

Pence, no entanto, disse hoje que a questão não é se haverá ou não mudança, mas sim quando isso irá ocorrer. Trump deve decidir novamente em dezembro se estende ou não a lei que determina a permanência da embaixada americana em Tel Aviv. Os EUA não reconhecem Jerusalém como capital de Israel. Como outros países, o governo americano mantém sua embaixada fora da cidade, ocupada por Israel em 1967 e reivindicada pelos palestinos.

A transferência da embaixada seria vista como um reconhecimento da ocupação e da soberania de Israel sobre toda a cidade.

A decisão tomada em junho por Trump de manter a embaixada em Tel Aviv foi recebida com decepção pelo governo de Israel.Trump estuda 'quando e como' transferir embaixada em Israel para Jerusalém

Pence afirmou hoje que a Casa Branca manterá sua estreita aliança com Israel e que não permitirá que o país seja atacado na ONU.

“Os EUA estão com Israel porque a causa deles é a nossa causa, seus valores são os nossos valores e sua luta é a nossa luta”, afirmou o vice-presidente americano.

O discurso de Pence foi um dos principais destaques do evento que comemora o aniversário da resolução que pediu a criação de um estado judeu no Oriente Médio.

A celebração foi organizada pela missão israelense na ONU na mesma sala onde a votação da resolução ocorreu a 70 anos. Hoje, o local é parte de um museu de Nova York.