Intenção é facilitar a deportação de criminosos 

Para facilitar a deportação de estrangeiros que comentam crimes no país, a alterou sua lei de . A medida visa também proibir a entrada de indivíduos com ficha criminal, segundo publicação feita no diário oficial pelo governo do país, nesta segunda-feira (30).

Segundo o G1, na reformulação foram citados “atos recentes do crime organizado” e observado o aumento da porcentagem de estrangeiros no sistema presidiário argentino nos últimos anos, chegando a 21,35 por cento da população carcerária em 2016.

Conforme a lei reformulada, estrangeiros que cometerem crimes “mal-intencionados” serão expulsos do país e proibidos de voltar durante ao menos oito anos.

A lei implementada por decreto, e que dispensa aprovação do Congresso também limita o ingresso na Argentina daqueles que estão servindo penas ou têm ficha criminal em outros países.

Entre 2001 e 2015, a maioria dos que chegaram ao território argentino partiram do Paraguai, Bolívia e Peru, de acordo com o Ministério do Interior da Argentina.

Em comentários feitos a uma estação de rádio local, a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, disse que a medida não muda o perfil pró-imigração do país e procurou evitar qualquer associação com ações recém-adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para restringir a imigração.

“É preciso distinguir entre medidas que têm a ver com segurança e outras que fazem da Argentina um país aberto, que sempre será a favor da diversidade”, afirmou, acrescentando que a coalizão governista é “contra as declarações recentes de Trump sobre a imigração nos Estados Unidos e o muro”.

Muro de Trump

Na semana passada, Trump assinou um decreto presidencial limitando as viagens de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Ele também propôs construir um muro ao longo da fronteira sul dos EUA com o México, em parte para restringir as entradas ilegais.Tal crítica aos imigrantes emergiu raras vezes de forma proeminente na política latino-americana, mas no vizinho Chile uma onda de recém-chegados do Haiti e da Venezuela tornou a imigração um tema central das eleições presidenciais marcadas para este ano.