Superterça: o que você precisa saber sobre rodada decisiva das prévias nos EUA
A um Jornal listou cinco motivos que fazem da Superterça um dos principais acontecimentos no calendário eleitoral dos EUA
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A um Jornal listou cinco motivos que fazem da Superterça um dos principais acontecimentos no calendário eleitoral dos EUA
Onze dos 50 Estados americanos realizarão nesta terça-feira prévias para definir quem devem ser os candidatos dos partidos Democrata e Republicano à próxima eleição presidencial, em novembro.
Batizada de Superterça, trata-se da rodada mais importante para os políticos que aspiram chegar à Casa Branca: quem vence no conjunto das prévias dificilmente perde a nomeação de seu partido, e derrotados podem dar adeus à corrida.
A um Jornal Brasileiro listou cinco motivos que fazem da Superterça um dos principais acontecimentos no calendário eleitoral dos Estados Unidos e que podem tornar a rodada deste ano decisiva.
Um quarto dos votos em jogo
Pelas regras do sistema eleitoral americano, ganha a candidatura do Partido Democrata e a do Republicano quem receber mais votos de delegados eleitorais, distribuídos por cada Estado conforme sua população.
Os dois partidos realizam prévias separadas em cada Estado.
Os votos de um quarto dos delegados dos dois partidos serão definidos nesta terça. Farão prévias os Estados de Alabama, Arkansas, Colorado, Geórgia, Massachusetts, Minnesota, Oklahoma, Tennessee, Texas, Vermont e Virgínia.
Também haverá prévias em Colorado, mas só os eleitores democratas escolherão um candidato: os republicanos elegerão delegados que poderão decidir qual pré-candidato apoiar na convenção nacional do partido, em julho.
Eleitores republicanos no Alasca também escolherão seu candidato, assim como eleitores democratas no território de Samoa Americana.
Última chance para frear Trump?
Vitorioso em três das quatros prévias republicanas já realizadas e liderando as pesquisas em vários Estados da Superterça, o empresário Donald Trump pode ficar muito próximo da nomeação após a rodada.
Por isso analistas avaliam que, para sobreviver na disputa, seus principais competidores – os senadores Marco Rubio (Flórida) e Ted Cruz (Texas) – teriam que pelo menos perder de Trump por uma margem pequena.
A Superterça deve afunilar ainda mais a corrida republicana. Dos 17 pré-candidatos que se lançaram na disputa, hoje só restam cinco: Trump, Rubio, Cruz, o governador de Ohio, John Kasich, e o neurocirurgião Ben Carson. É bem possível que, após a rodada, apenas Trump, Rubio e Cruz sigam.
Cruz conta com Texas para voltar a vencer
Mais populoso Estado da Superterça, o Texas é o bastião eleitoral de Ted Cruz, que espera ganhar o endosso da maioria dos delegados eleitorais locais.
O senador começou bem as prévias vencendo em Iowa, mas desde então seus resultados deixaram a desejar e hoje ele briga com Marco Rubio pelo segundo lugar na corrida.
Se perder em sua base, analistas avaliam que a candidatura de Cruz pode naufragar de vez, o que confirmaria Rubio como o principal oponente de Trump.
Negros podem dar nova vitória a Hillary
Entre os democratas, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton obteve vitórias importantes nas duas últimas prévias (Nevada e Carolina do Sul), firmando-se como a favorita na disputa com o senador Bernie Sanders (Vermont).
O maior trunfo de Hillary tem sido sua força entre eleitores negros: na Carolina do Sul, ela recebeu 86% dos votos do grupo.
Os negros são apenas 12,6% da população dos EUA, mas em alguns Estados somam um terço dos moradores e respondem pela maioria dos eleitores democratas, o que os torna decisivos em algumas prévias do partido.
Quatro dos 12 Estados da Superterça – Alabama, Georgia e Tennessee e Virgínia – têm populações negras expressivas, cenário que favorece Hillary na rodada.
Sanders busca continuar respirando
Após vencer Hillary na segunda prévia, em New Hampshire, Sanders perdeu embalo ao ser derrotado pela rival nas duas últimas votações.
Para o senador, será fundamental vencer as prévias desta terça em sua bastião eleitoral, Vermont, e no Estado vizinho de Massachusetts, reduzindo a margem que Hillary deve abrir nos Estados do sul.
Para o senador, o mais importante é evitar que Hillary abra uma vantagem muito folgada e liquide a disputa nas próximas semanas, antes da realização de várias prévias que ele tem chances de vencer no noroeste e nordeste do país.
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