Pai de autor de atentado em Orlando é pré-candidato à presidência do Afeganistão

Ele também é apresentador de um talk show na Califórnia  

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Ele também é apresentador de um talk show na Califórnia

 

Seddique Mateen, pai do atirador que matou 50 pessoas em uma boate gay em Orlando, na Flórida, é uma figura conhecida no Afeganistão e, relativamente, nos Estados Unidos. De acordo com reportagem do jornal norte-americano Daily Mail, Mateen (pai) é pré-candidato à presidência em seu país, além de ter conduzido um webshow gravado na Califórnia, em que costumava atacar os EUA e apoiar o regime Talibã.

O Daily Mail traz, ainda, que o afegão chegou a enviar diversas cartas abertas ao presidente Barack Obama, além de visitar os ‘bastidores do poder’ em Washington. Em 2015, ele postou fotos com políticos republicanos em suas redes sociais. Em algumas das cartas ao presidente americano, Mateen afirma que ‘o verdadeiro inimigo dos EUA é o Paquistão’, propondo uma política de ataque ao rival histórico do Afeganistão.

Dezenas de vídeos do programa de Mateen estão disponíveis no YouTube. Neles, o apresentador fala principalmente sobre política, no idioma dari, também conhecido como persa afegão. É em um desses vídeos que ele se declara candidato à presidência do Afeganistão. O programa chama-se “Durand Jirga Show” e segue, basicamente, a linha das programações policiais comuns no Brasil.

No último domingo (12), Mateen postou em sua página do Facebook a foto de uma camiseta como propaganda eleitoral. Um usuário afegão chegou a questionar: “ouvi dizer que seu filho cometeu um ato terrorista. Acho que você está brincando em se candidatar à presidência do Afeganistão, mas seu filho é um terrorista de verdade. Estamos cansados do terror e dos terroristas”, diz.

Depois de seu filho Omar ser identificado como autor do atentado, ele havia afirmado que “está profundamente triste e anuncia isso ao povo dos EUA”, em suas redes sociais. “Meu filho Omar Mateen era uma pessoa muito boa. Era casado e pai de um menino. Respeitava sua família. Não sabia que tinha este ódio no coração”, escreveu.

 

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)