OMS pode declarar hoje emergência mundial ao surto do Zika vírus

Os casos de microcefalia são os mais preocupantes de acordo com Comitê

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Os casos de microcefalia são os mais preocupantes de acordo com Comitê

Ô comiitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reunirá nesta segunda-feira às 13h (10h em Brasília) através de uma teleconferência para decidir se o surto de zika vírus que afeta principalmente o continente americano é ou não uma emergência sanitária de alcance global.

O Comitê deve decidir também que recomendações dar uma vez que seja determinada a periculosidade da doença. O tema mais esperado é saber a opinião do Comitê com relação à viagem de gestantes às regiões afetadas ou se, inclusive, será recomendado não engravidar, como fizeram alguns países. O Comitê é formado por 20 especialistas em Virologia, Epidemiologia, Neurologia e outras áreas afins. O que mais preocupa as autoridades de saúde são os casos de microcefalia e sua relação com a doença.

Os resultados das deliberações costumam ser publicados dois dias depois dos encontros. Isto porque os especialistas devem elaborar um relatório, que deve ser lido, aprovado ou descartado, pela diretora geral da OMS, Margaret Chan. No entanto, também não se descarta que os pareceres sejam divulgados ainda hoje.

A decisão de convocar o Comitê foi tomada na semana passada por Margaret após detectar “o explosivo” crescimento dos casos de zika e a possível relação com a microcefalia. Segundo a OMS, o vírus está presente, atualmente, em 24 países e territórios e no Brasil, o mais afetado pela epidemia, já que há um milhão e meio de casos da doença e 4.180 bebês nascidos com microcefalia.

Exceto o Brasil, nenhum outro país afetado no continente americano detectou até agora essa relação, mas isso pode se dever ao fato de as más-formações serem intrauterinas e, em alguns casos, não serem detectados antes do nascimento.

De fato, houve uma epidemia de zika na Polinésia Francesa em 2013 e agora, estão sendo realizados estudos que apontariam ao fato que houve casos de microcefalia e de bebês nascidos com a síndrome de Guillain-Barré.

A OMS estima que o vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, pode infectar até 4 milhões de pessoas em toda a região. Por enquanto, não existe vacina ou tratamento contra um vírus que foi descoberto nos anos 50 na Floresta Zika, em Uganda.

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