Crise aumentou após posse de Macri

 

Com nove meses de governo, o presidente argentino Mauricio Macri enfrenta uma intensa crise econômica e de popularidade. Com tarifas de gás, luz e água reajustadas de 300% a 2.000% e inflação de 46%, os argentinos amargam uma de suas piores recessões.

Inflação de 46% e aumento de até 2.000% em serviços básicos geram protestos na ArgentinaA crise na economia se soma ao corte de subsídios para setores públicos e em programas sociais, conhecidos como “tarifazzo”, que segundo o governo, serviriam como medidas de austeridade para combater a inflação.

No primeiro semestre deste ano, pelo menos 200 mil trabalhadores foram demitidos, de acordo com sindicatos argentinos. Um estudo realizado pela Universidade Católica Argentina estima que cerca de 1,4 milhão de cidadãos passaram à linha da pobreza.

A revolta entre a população chegou a níveis alarmantes neste mês. No dia 12, Macri recebeu pedradas e foi xingado enquanto comparecia a evento com Maria Eugenia Vidal, governadora da província de Mar Del Plata. “Macri, lixo, você é a ditadura”, gritavam manifestantes.

Depois de ser atacado, o presidente passou a utilizar uma van blindada para se deslocar. Os sindicatos prometem que os protestos devem se intensificar. Na última segunda-feira (22), líderes da CGT (Confederação Geral do Trabalho), principal órgão sindical argentino, se reuniram e divulgaram o documento “De Mal a pior”, onde explicam suas reivindicações e revolta.

O consumo nas residências argentinas caiu em 6,4% em junho, devido à redução no poder de compra, de acordo com a empresa de consultoria Scentia. Enquanto isso, o gasto com compras caiu em 26,3%.

 

(Com informações do R7)