Homem que tentou matar Reagan 35 anos atrás ganha liberdade
Atirador disse que queria ‘impressionar” a atriz Jodier Foster
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Atirador disse que queria ‘impressionar” a atriz Jodier Foster
John Hinckley, o homem que tentou assassinar o presidente americano Ronald Reagan há 35 anos, foi liberado de um hospital psiquiátrico em Washington neste sábado (10).
Hinckley deixou o hospital St. Elizabeths, informou o jornal The Washington Post, citando seu advogado Barry Levine, que havia confirmado que seu cliente sairia da instituição durante a manhã.
Phyllis Jones, porta-voz do Departamento de Saúde do Comportamento da cidade, disse à agência AFP que “todas as altas previstas para hoje aconteceram”, mas acrescentou que não poderia se referir a pacientes específicos.
Levine não esteve disponível imediatamente para fazer comentários quando foi contatado pela AFP.
Um juiz federal decidiu que Hinckley, de 61 anos, não era mais uma ameaça para si mesmo nem para os demais e que permitiria sua saída para viver com sua mãe de 90 anos em Williamsburg, Virgínia, sob estritas condições.
Hinckley já havia feito longas visitas a Williamsburg nos últimos anos para se preparar para o momento da libertação.
John Hinkcley, que não foi declarado culpado por questões de saúde mental.
Tentativa de assassinato
No dia 30 de março de 1981, Hinckley abriu fogo contra Reagan em frente ao Washington Hilton Hotel, onde o então presidente estava para um ato público. Os tiros perfuraram um dos pulmões do líder republicano e por pouco não atingiram seu coração.
O homem, que tinha 25 anos na época, feriu Reagan, o secretário de imprensa da Casa Branca, James Brady, o agente do serviço secreto Tim McCarthy e o policial Thomas Delahanty.
Apesar de todos terem sobrevivido ao ataque, Brady, que levou um tiro na cabeça, ficou paraplégico. Até sua morte, em 2014, ele dedicou a vida a exigir um maior controle das armas no país.
Hinckley alegou que atirou contra Reagan para tentar impressionar a atriz Jodie Foster, por quem era obcecado depois de assistir repetidas vezes ao filme “Taxi Driver”, do qual ela fazia parte.
Depois de um julgamento de oito semanas, um júri federal declarou Hinckley inocente em junho de 1982, por doença mental, dos 13 crimes pelos quais era acusado, o que causou revolta na população.
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