Boeing da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia foi derrubado por míssil russo

Investigadores possuem lista de 100 suspeitos

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Investigadores possuem lista de 100 suspeitos

A suspeita da participação de rebeldes russos na queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, na Ucrânia em julho de 2014, ganhou força após uma investigação internacional concluir, nesta quarta-feira (28), que o boeing foi derrubado por um míssil russo. A tragédia deixou 298 mortos.

Em um relatório apresentado na Holanda, o grupo de investigadores de diversos países concluiu que o sistema antiéreo utilizado para derrubar o avião, chamado de BUK, foi transportado da Rússia para o leste da Ucrânia, área controlada por rebeldes russos, e transportado de volta ao país de origem após a queda da aeronave.

De acordo com a BBC News, um dos parentes das vítimas alegou à imprensa internacional que os investigadores possuem uma lista de mais de 100 pessoas que podem ter participado na queda do avião. Os parentes dos 298 mortos receberam informações do relatório antes da imprensa.

Os promotores ainda não começaram a indiciar os suspeitos pois não há um consenso da equipe investigativa sobre em qual corte o caso deveria ser julgado. O time de investigadores é composto por ucranianos, holandeses, belgas, malaios e australianos.

Voo MH17

Em julho de 2014, separatistas ucranianos lutavam no leste da Ucrânia contra as forças do governo do país, em simpatia à Rússia. Os destroços do boeing se espalharam em toda uma área controlada pelos rebeldes.

Horas antes do avião ser abatido, jornalistas da Assocated Press relataram terem visto um lança-mísseis BUK M-1 passando pela cidade de Snizhe, controlada pelos separatistas ucranianos, carregando mísseis de 5,5 metros de comprimento.

Os investigadores ainda devem afirmar de onde exatamente o míssil partiu. Se for confirmado que o armamento bélico partiu de Snizhe, ficará difícil manter a alegação oficial da Rússia de que o avião foi derrubado pelo Exército ucrâniano, negando a participação de russos no caso.