Atirador frequentava boate e possuía apps gays, dizem frequentadores

Representantes islâmicos dos EUA também afirmam que Mateen era gay

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Representantes islâmicos dos EUA também afirmam que Mateen era gay

Frequentadores da boate gay Pulse, atacada pelo atirador Omar Mateen em um atentado que matou 49 pessoas, afirmaram à imprensa que já viram o algoz na própria casa noturna em diversas ocasiões diferentes. Outros afirmam que já conversaram com Mateen em aplicativos de encontros destinados à comunidade LGBT. As informações são do jornal fluminense O Globo, baseado em veículos dos EUA e Canadá.

Ty Smith, frequentador assíduo da boate, afirma ao jornal local OIrlando Sentinel que “ele ficava no canto, bebendo sozinho, mas às vezes ele ficava tão bêbado que falava alto e se tornava beligerante”. Smith também diz que o então futuro atirador não tinha amizades sólidas no local e pouco se sabia sobre ele. “Não costumávamos falar muito com ele, mas me lembro de ele falar algo sobre o pai algumas vezes. Disse que tinha mulher e um filho”.

Chris Callen, outro frequentador da casa e que trabalha como drag queen no local, diz ao periódico canadense Canadian Press que Mateen era uma pessoa reprimida. “Ele bebia muito. Não podia beber quando estava em casa, com a família. Seu pai era muito estrito com o tema. Ele costumava reclamar disso”. Outras fontes, que não quiseram ser identificadas, também afirmam já ter visto o atirador na boate.

Opinião de muçulmanos

Em uma nota divulgada em sua página do Facebook, o professor e escritor norte-americano de origem paquistanesa Yasir Qadhi, considerado um dos principais intelectuais do mundo islâmico, escreveu na terça-feira (14) que o ataque cometido por Omar Mateen não teve motivações religiosas. “O atirador do massacre em Orlando era, ele mesmo, gay”, afirmou o professor.

Qadhi também lembra que Mateen era norte-americano e que, segundo pessoas próximas, não praticava a religião. “Além disso, ele nasceu e cresceu nos Estados Unidos. Sua esposa, pai e a comunidade afirmam que ele não era um religioso”, ressalta. “Sim, a mídia continua levantando questões sobre ‘radicalismo islâmico’ e sobre a opinião do Islã sobre os homossexuais. Quanta hipocrisia!”, conclui a nota.

(Sob supervisão de Daiane Libero)