Sobe para 48 o número de mortos em deslizamento de terra na Guatemala

Por medidas de segurança, a Conred proibiu o acesso à região de qualquer pessoa que não esteja autorizada

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Por medidas de segurança, a Conred proibiu o acesso à região de qualquer pessoa que não esteja autorizada

No mínimo 48 pessoas morreram e 350 estão desaparecidas por causa de um deslizamento de terra registrado em um assentamento nos arredores da capital da Guatemala, conforme informaram as autoridades neste sábado.

A porta-voz do Ministério Público, Julia Barrera, disse aos jornalistas que o número de mortos chega a 48 e que apenas 20 corpos foram identificados, enquanto os outros só tiveram algumas partes recuperadas. A Conred (Coordenadora Nacional para a Redução de Desastres) calculou em 350 o número de desaparecidos.

Inicialmente as autoridades falavam em 600 desaparecidos, número que tinha caiu para 450 ainda na tarde de sexta-feira. Essa desordem nos números se deve à lentidão “dos protocolos”, disse à Agência Efe o secretário-executivo da Conred, Alejandro Maldonado, que comentou que os dados da instituição, apesar de serem “mais lentos”, são “muito confiáveis”.

De acordo com Maldonado, o número de desaparecidos diminui na medida em que a população reporta à prefeitura seu paradeiro, por isso pediu que os afetados entrem em contato com as autoridades.

Segundo o último balanço, as pessoas resgatadas com vida desde que aconteceu a tragédia chegam a 26, e já há mais de 170 pessoas abrigadas.

Julio Sánchez, o porta-voz do comando de resgate situado no local, El Cambray II, do município de Santa Catarina Pinula, explicou que 1.293 pessoas trabalham na área afetada, dividida em cinco setores para “facilitar” os trabalhos.

Por medidas de segurança, a Conred proibiu o acesso à região de qualquer pessoa que não esteja autorizada e deixou claro que o país tem “a capacidade” para fazer frente a este fato.

Sánchez reconheceu que se chover aumentarão “as complicações” porque o terreno voltará “enlameado”, o que dificultará os trabalhos e pode causar novos deslizamentos. Segundo ele, os trabalhos chegaram a ser suspensos por motivos de precaução.

O representante do órgão confirmou que há uma equipe de ajuda americana e outras três mexicanas dispostas a colaborar, mas que foram recomendadas a não se deslocar por enquanto.

Neste domingo termina o prazo de 72 horas de busca estabelecido no protocolo internacional e, embora a decisão de continuar dependa de todas as instituições envolvideas, Maldonado disse à Agência Efe que pensa em dar sequência às atividades.

A instituição estatal, que declarou na sexta-feira um alerta laranja em nível nacional e vermelho em nível municipal, continua tentando tirar dos imóveis a população que possa estar em perigo.

Dois bombeiros que trabalham no local ficaram soterrados neste sábado após serem encobertos por uma coluna de terra. Um deles já foi resgatado.

 

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