Polícia da Dinamarca matou suspeito de dois ataques em Copenhague
A polícia dinamarquesa ainda não revelou a identidade do homem abatido
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A polícia dinamarquesa ainda não revelou a identidade do homem abatido
A polícia dinamarquesa acredita que o homem morto na manhã deste domingo (15) é o autor dos dois ataques em Copenhague que deixaram dois mortos e cinco feridos. O homem atacou na tarde de sábado um centro cultural onde era realizado debate sobre islamismo e liberdade de expressão, e à noite abriu fogo contra a sinagoga da capital. O governo dinamarquês disse que foram atos terroristas.
“Acreditamos que seja o mesmo autor dos dois ataques”, afirmou o porta-voz da polícia, Torben Moelgaard Jensen, durante a entrevista coletiva no final da manhã deste domingo. O homem abriu fogo contra os policiais no bairro popular de Nørrebro, onde as autoridades tinham identificado e cercado um apartamento onde estaria o suposto terrorista. O homem morreu durante a troca de tiros.
A polícia dinamarquesa ainda não revelou a identidade do homem abatido e que seria o único autor dos dois ataques realizados na capital. Durante a entrevista coletiva, a polícia apenas explicou ter conseguido localizar o homem graças a um telefonema de um motorista de táxi que descreveu o suspeito como parecido com o que foi filmado pelas câmeras de segurança.
A imagem gravada e divulgada pela internet mostra um homem vestido com roupas escuras e um boné bordô. A polícia o descreveu como “um homem entre 25 e 30 anos, de aproximadamente 1,75 m, atlético, de aparência árabe e cabelos lisos”.
As motivações do homem ainda são desconhecidas e nenhuma reivindicação foi tornada pública, pelo menos até o momento. A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, saudou o trabalho da polícia e lembrou que “ninguém tem o direito de atacar impunemente a sociedade dinamarquesa que é aberta, livre e democrática”.
Os ataques
O homem abriu fogo na tarde deste sábado contra o centro cultural onde estava sendo realizado um debate sobre blasfêmia, islamismo e liberdade de expressão. Entre os participantes estavam o embaixador francês na Dinamarca, François Zimeray, e o chargista sueco Lars Vilks, jurado de morte depois de ter publicado, em 2007, caricaturas do profeta Maomé no corpo de um cachorro.
O ataque deixou o local crivado de balas. Um participante do debate morreu e três policiais que faziam a segurança do evento ficaram feridos. O carro usado pelo autor do atentado para fugir foi encontrado abandonado logo depois.
Com a imagem do suspeito divulgada, a polícia começou uma verdadeira caçada ao suspeito. Por volta da meia-noite, pelo horário local, tiros foram disparados perto da sinagoga de Copenhague. Uma pessoa morreu atingida na cabeça e dois policiais ficaram feridos, um no braço e outro na perna.
Segundo uma associação comunitária judaica, o homem morto era um judeu que vigiava o acesso ao prédio onde estava sendo realizada uma cerimônia. “A polícia já estava no local. Uma pessoa chegou e abriu fogo”, explicou o porta-voz da polícia dinamarquesa.
Diversos bairros de Copenhague tiveram a segurança reforçada, mas não foi decretado nenhum toque de recolher.
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