Piloto mandou copiloto abrir “maldita porta”, revela gravação da caixa-preta

A caixa-preta revela que Lubitz bloqueou a porta de propósito

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A caixa-preta revela que Lubitz bloqueou a porta de propósito

Às 10h27, quando o avião atinge a altitude de 38 mil pés, o piloto pede ao copiloto para se preparar para o pouso, em Dusseldorf. As respostas de Lubitz são descritas pelos promotores franceses como “lacônicas”. Ele usa palavras como “espera” e “vamos ver”. 

Após as verificações para o pouso, Lubitz sugere novamente que Sondheimer pode ir ao banheiro. 

Dois minutos depois, o piloto pede que o copiloto assuma o comando da aeronave. Há o som de uma poltrona sendo empurrado para trás e uma porta batendo. 

A aeronave vai perdendo altitude e às 10h32, os controladores de tráfego aéreo tentam contato com a cabine, mas não obtém resposta. Na sequencia, o sinal automático de perda de altitude é acionado. 

Pouco tempo depois, há um grande estrondo, que soa como se alguém chutasse a porta. Sondheimer grita: “Pelo amor de Deus, abra a porta!”. Também é possível, ouvir gritos dos passageiros. 

Às 10h35, outro estrondo metálico é ouvido contra a porta da cabine. Neste momento, de acordo com as autoridades francesas, o avião está a 7 mil pés acima do solo.

Cerca de 90 segundos depois, há uma nova mensagem de aviso dos controladores: “Terra! Puxe para cima! Puxe para cima!”. O piloto pede novamente para que o piloto abra a porta. 

Às 10h40, a asa direita do avião atinge as montanhas. Os últimos sons são mais gritos dos passageiros. 

Copiloto queria destruir avião

Durante coletiva de imprensa, o promotor Brice Robin disse que a intenção de Lubitz era “destruir o avião”. “A morte foi instantânea. O avião atingiu a montanha a 700 km/h”, disse. 

“Eu não acho que os passageiros perceberam o que estava acontecendo até os últimos momentos, porque os gritos são ouvidos apenas nos segundos finais”. 

Referindo-se a Lubitz, Robin disse que ainda não há razão para suspeita de um ataque terrorista e também rechaça a possibilidade de terrorismo. “Não há nenhuma razão para suspeitar de um ataque terrorista. As pessoas que cometem suicídio normalmente fazem isso sozinhas. Eu não o chamo isso de suicidio”. 

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