Pelo menos 23 refugiados iranianos morrem em ataque com projéteis em Bagdá

No Iraque, foi protegido e armado pelo regime de Saddam Hussein e, de lá, realizou ataques contra o Irã

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No Iraque, foi protegido e armado pelo regime de Saddam Hussein e, de lá, realizou ataques contra o Irã

Pelo menos 23 pessoas morreram em um ataque com projéteis Katyusha sobre um acampamento do grupo opositor iraniano Mujahedin Khalq (MOK) situado perto do aeroporto de Bagdá, no oeste da capital iraquiana, denunciaram nesta quinta-feira moradores locais e o próprio MOK.

Em comunicado emitido esta madrugada, o grupo MOK denunciou o ataque registrado ontem à noite sobre o acampamento denominado “Liberdade” e responsabilizou pelo mesmo o governo do Iraque e os “agentes iranianos” dentro dele.

 

Os refugiados informaram que entre os mortos há pelo menos uma mulher e que os mísseis causaram também danos materiais.

Por outro lado, pelo menos três membros das Forças de Segurança iraquianas enviadas para a região ficaram feridos, segundo informaram as forças iraquianas, sem oferecer mais detalhes.

Pelo menos 20 mísseis impactaram nas proximidades do acampamento, situado na região de Al Bakriya.

O Secretário de Estado americano, John Kerry, condenou o “brutal ataque sem sentido contra o acampamento “Liberdade”, que feriu e matou moradores”, sem especificar o número de vítimas nem de feridos.

Além disso, Washington afirmou que continua comprometido com a realocação dos residentes do acampamento “Liberdade” em “uma localização segura e permanente fora do Iraque” e pediu a outros países que contribuam nesse sentido.

O Mujahedin Khalq, fundado em 1965 e que misturam o fundamentalismo islâmico com a ideologia marxista, é considerado grupo terrorista pelo Irã, onde participou da Revolução Islâmica de 1979 e, posteriormente, se refugiaram no Iraque, após enfrentar o regime do aiatolá Khomeini.

No Iraque, foi protegido e armado pelo regime de Saddam Hussein e, de lá, realizou ataques contra o Irã.