Jordânia está unida e quer vingança contra o Estado Islâmico, diz jornalista

O rei da Jordânia, Abdullah II, prometeu uma resposta severa ao grupo

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O rei da Jordânia, Abdullah II, prometeu uma resposta severa ao grupo

A execução do piloto jordaniano Maaz Al Kassasbeh por militantes do Estado Islâmico (conhecido pela sigla Isis) uniu o povo e políticos do país. A avaliação é da jornalista jordaniana Taghreed Risheq, do jornal Alghad, baseado em Amã. “Os jordanianos estão furiosos. Eles querem vingança”, disse nesta quinta-feira (5) a repórter especializada em política externa, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, mesmo os muçulmanos sunitas do país que ainda apoiavam a ofensiva do Isis na Síria e no Iraque mudaram de opinião. “Até mesmo aqueles que eram contra a participação da Jordânia na coalizão [de países contra o Isis], agora estão favoráveis ao aumento da participação do país”, afirmou Taghreed.

Ontem (4), após a publicação do vídeo que mostra a execução do piloto, o rei da Jordânia, Abdullah II, prometeu uma resposta severa ao grupo. Segundo a jornalista, os partidos políticos se uniram em torno dessa causa.

Segundo ela, há o receio de que militantes possam promover atentados em solo jordaniano, como uma resposta aos ataques prometidos pelo rei. Mas, ao mesmo tempo, há uma crença na polícia e no Exército da Jordânia para impedir essas tentativas.

O Isis ocupa vastas áreas da Síria e do Iraque, dois países que fazem fronteira com a Jordânia. Para Taghreed, a atuação do Estado Islâmico tem provocado muitos problemas para o seu país, principalmente financeiros, já que o governo jordaniano teve que lidar com milhares de refugiados iraquianos e sírios em seu território.