Governo japonês impede fotojornalista de viajar à Síria

Autoridades dizem que medida foi tomada para ‘proteger a vida’ do fotógrafo

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Autoridades dizem que medida foi tomada para ‘proteger a vida’ do fotógrafo

O governo japonês confiscou o passaporte de um fotojornalista que planejava viajar para a Síria. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão afirmou que a medida visa proteger a vida do profissional. Yuichi Sugimoto embarcaria no dia 27 para cobrir o conflito civil no país. Para o fotógrafo, a decisão viola a liberdade de expressão.

As autoridades nipônicas tomaram a decisão por causa do rapto e execução de dois japoneses pelo grupo jihadista Estado Islâmico, que ameaça matar cidadãos japoneses “onde quer que estejam”.

Esta é a primeira vez que o ministério retira, por motivos de segurança, o passaporte a um cidadão que estava prestes a viajar para o exterior, disseram fontes governamentais à agência Kyodo.

O fotógrafo japonês Kenji Goto foi sequestrado em outubro de 2014 quando acompanhava os conflitos na Síria e teria sido decapitado na semana passada. O grupo terrorista já havia divulgado fotos da decapitação de outro japonês, Hurana Yukawa, no início de janeiro.

Sugimoto afirmou a repórteres que não tinha intenção de visitar áreas controladas pelo grupo terrorista, mas se negou a cancelar a viagem. De acordo com o ministério, a lei japonesa permite a retirada do passaporte de um cidadão “para impedir a viagem com o objetivo de proteger a sua vida”.