Hayat Boumedienne era esposa de Amedy Coulibaly, autor do massacre que deixou quatro pessoas mortas

O grupo jihadista (EI) publicou nesta quinta-feira uma suposta entrevista com Hayat Boumedienne, a viúva do terrorista Amedy Coulibaly, que atacou um mercado judaico em em 9 de janeiro, o que confirmaria a presença da mulher na Síria ou no Iraque.

O texto, cuja autenticidade não foi comprovada, aparece narevista Dabiq, publicação dos extremistas divulgada hoje na internet.

O artigo, com o título de “Breve entrevista com Um Bashir al Muhayira” (como os jihadistas chamam Boumedienne), tem uma foto de Coulibaly mas não apresenta nenhuma prova de que a mulher está efetivamente na Síria ou Iraque.

Na entrevista, Boumedienne afirma que sua “migração” ao califado foi fácil: “não encontrei nenhuma dificuldade. Viver na terra onde se aplica a lei de Alá é fantástico, me sinto aliviada agora que cumpri com minha obrigação”.

A mulher diz ainda que seu marido ficou contente com a proclamação de um califado pelo EI, no final de junho do ano passado, mas que ele não gostava de ver vídeos dos jihadistas pois ficava com vontade de imigrar ao invés de “realizar operações na França”.

A suposta entrevista termina com uma convocação para os muçulmanos e, em especial, muçulmanas.

O marido de Boumedienne foi autor de um massacre que terminou com quatro pessoas mortas em um supermercado judaico em 9 de janeiro, e no dia anterior matou uma policial.

O terrorista foi morto pela polícia quando os agentes entraram no mercado. Boumedienne, considerada cúmplice de seu esposo, saiu da França em 2 de janeiro e no dia 8 viajou da Turquia para a Síria, segundo o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mehmet Çavusoglu.