Crustáceos podem dar pistas sobre desaparecimento do MH370

Voo MH370 da Malaysia Airlines, desapareceu em março de 201

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Voo MH370 da Malaysia Airlines, desapareceu em março de 201

Especialistas afirmaram nesta terça-feira (4) que crustáceos fixados na parte da asa de um Boeing 777, encontrada na ilha de Reunião, na semana passada, poderão dar pistas sobre o destino do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido em março de 2014.

A descoberta do flaperon de 2,25 metros de comprimento, com cracas incrustadas em sua superfície, aumentou as esperanças de que o mistério sobre o voo MH370 possa finalmente ser desvendado.

Especialistas iniciarão nesta quarta-feira os exames no destroço transportado à França, para determinar se ele de fato pertencia à aeronave da Malaysia Airlines. Cientistas afirmam que informações contidas nos crustáceos poderão revelar o tempo em que o fragmento esteve na água.

“Eles poderão medir a idade dos crustáceos e descobrir se eles são mais velhos do que a data do acidente”, o que descartaria a possibilidade de o destroço ser do MH370, explica Melenie Bishop, professora de ciências biológicas na Universidade de Macquarie em Sydney, Austrália.

Cientistas afirmam que a definição da espécie desses organismos também pode indicar o local do acidente: se forem crustáceos de águas frias, a queda teria ocorrido mais para o sul do Oceano Índico; se forem tropicais, mais para o norte. E se forem do gênero Lepas, “poderíamos afirmar com certeza que o acidente aconteceu nas áreas marítimas geladas do sudoeste da Austrália”, explica o geólogo Hans-Georg Herbig.

Entretanto, algumas espécies se encontram amplamente espalhadas pelo oceano, o que tornaria impossível estabelecer com precisão o local da queda do Boeing.

Segundo Shane Ahyong, especialista em crustáceos do Museu Australiano, a principal informação que os crustáceos podem fornecer é o tempo que o destroço esteve na água. Dessa forma, “é possível analisar se as informações estão de acordo com as outras evidências sobre a data do desastre”.

Os investigadores na França também poderão observar outros organismos possivelmente encontrados no fragmento, como vermes aquáticos, algas coralinas vermelhas ou moluscos, que também poderão dar pistas sobre a origem do destroço.