Coreia do Sul exige “claras desculpas” da Coreia do Norte

Enquanto não houver retratação, Seul não desativará alto-falantes na fronteira

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Enquanto não houver retratação, Seul não desativará alto-falantes na fronteira

Presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, exige que Pyongyang assuma responsabilidade por explosões de minas que feriram dois soldados. Enquanto não houver retratação, Seul não desativará alto-falantes na fronteira.

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, afirmou nesta segunda-feira (24) que Seul não vai desativar os alto-falantes que difundem propaganda na fronteira com a Coreia do Norte enquanto Pyongyang se recusar a pedir desculpa pelas explosões de minas que feriram dois soldados sul-coreanos.

Park afirmou, durante reunião com assessores, que a Coreia do Norte deve apresentar “claras desculpas” e prometer não se envolver em “novas provocações”. A chefe de Estado acrescentou que Pyongyang desencadeou a atual crise com as suas “atividades provocadoras”.

As duas Coreias realizam, desde o último sábado, uma maratona de conversas visando evitar uma escalada das tensões na península. As reuniões, entre funcionários de alto nível, ocorrem na fronteiriça Panmunjom, onde foi assinado o cessar-fogo da guerra de 1950-1953.

A atual crise começou depois de dois soldados sul-coreanos terem ficado feridos após a explosão de minas, incidente pelo qual Seul responsabiliza Pyongyang. O governo norte-coreano nega ter colocado as minas na zona desmilitarizada entre os dois países.

Em represália, a Coreia do Sul voltou a ligar, na semana passada, alto-falantes que difundem mensagens de propaganda na fronteira, depois de 11 anos de silêncio.

A tensão foi acirrada na quinta-feira, quando Seul acusou Pyongyang de disparar contra uma das suas unidades militares e respondeu com disparos de artilharia na direção do Norte.

A Coreia do Norte negou qualquer implicação no incidente das minas e lançou um ultimato a Seul, ameaçando represálias militares, caso o vizinho do sul não suspenda sua “guerra psicológica”.

Os dois países continuam, tecnicamente, em estado de guerra desde o conflito na década de 1950, devido à inexistência de um tratado de paz.