Combatentes da oposição síria usaram armas químicas, dizem fontes

Os resultados fornecem a primeira confirmação oficial da utilização de mostarda de enxofre

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Os resultados fornecem a primeira confirmação oficial da utilização de mostarda de enxofre

HAIA (Reuters) – Especialistas em armas químicas constataram que gás mostarda foi usado em uma cidade síria onde os insurgentes do Estado Islâmico estavam combatendo outro grupo, de acordo com um relatório elaborado por um órgão internacional de monitoramento, obtido pela Reuters.

Um resumo do relatório confidencial da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), datado de 29 de outubro e mostrado à Reuters, conclui “com a máxima confiança que pelo menos duas pessoas foram expostas a mostarda de enxofre”, na cidade de Marea, ao norte de Aleppo, em 21 de agosto. “É muito provável que os efeitos da mostarda de enxofre levaram à morte de um bebê”, disse.

Os resultados fornecem a primeira confirmação oficial da utilização de mostarda de enxofre, vulgarmente conhecida como gás mostarda na Síria desde que o país concordou em destruir seu arsenal de armas químicas, que incluía mostarda de enxofre.

O relatório não mencionou o Estado Islâmico (EI), já que a missão de investigação não tinha como função estabelecer responsabilidades, mas fontes diplomáticas disseram que o produto químico foi utilizado nos confrontos, na época, entre o Estado Islâmico e outro grupo rebelde na cidade.

 

“Isso levanta a importante questão sobre a origem da mostarda de enxofre”, disse uma fonte. “Ou eles (o Estado Islâmico) adquiriram a habilidade de produzi-lo ou pode ter vindo de um arsenal não declarado e capturado pelo EI. Ambos são opções preocupantes.”

Acredita-se que as autoridades da Síria tenham entregue completamente os produtos químicos tóxicos há 18 meses. O seu uso viola resoluções do Conselho de Segurança da ONU e a Convenção sobre Armas Químicas de 1997.

O relatório, que será formalmente apresentado ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon no final deste mês, se soma a um conjunto crescente de evidências de que o grupo Estado Islâmico obteve, e está usando, armas químicas no Iraque e Síria.

Autoridades curdas disseram no início deste mês que os combatentes do Estado Islâmico usaram morteiros que contêm agente mostarda em confrontos com combatentes curdos Peshmerga, no norte do Iraque, durante confrontos em agosto. Elas disseram que amostras de sangue de cerca de 35 lutadores que foram expostos no ataque, a sudoeste da capital regional de Erbil, mostraram “traços” de gás mostarda.

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