Áustria: 71 imigrantes morreram dentro de caminhão frigorífico

Autoridades confirmaram o número de corpos achados no compartimento de carga do veículo abandonado em estrada

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Autoridades confirmaram o número de corpos achados no compartimento de carga do veículo abandonado em estrada

Autoridades da Áustria confirmaram nesta sexta-feira que 71 corpos estavam dentro de um caminhão frigorífero abandonado em uma estrada do país. As vítimas são 60 homens, oito mulheres e três crianças, segundo a rede americana CNN. A polícia descobriu os corpos na quinta e as primeiras estimativas indicavam que entre 20 e 50 pessoas haviam morrido amontoadas dentro do compartimento de carga do veículo.

O caminhão, de placa húngara, foi abandonado em uma rodovia entre o lago Neusiedl e a cidade de Parndorf, no Estado federado de Burgenland, depois de atravessar a fronteira entre a Hungria e a Áustria. As autoridades acreditam que os corpos, encontrados já em estado de decomposição, sejam de refugiados que tentavam entrar na Europa Ocidental. Documentos sírios foram encontrados com algumas das vítimas. A polícia local calcula que os ocupantes do caminhão tenham morrido entre 36 e 48 horas antes da descoberta dos corpos.

“Da parte de atrás do caminhão saía um líquido de decomposição. Em um primeiro momento não foi possível calcular o número de corpos”, disse na quinta o diretor da polícia de Burgenland, Hans Peter Doskozil. Após uma primeira inspeção visual, os agentes não voltaram a abrir o caminhão, que foi levado a um centro de Viena com um sistema especial de refrigeração para facilitar a extração dos corpos.

Prisões – O governo austríaco culpa os traficantes de pessoas, que tentam entrar ilegalmente na Europa com refugiados sendo transportados em condições precárias, pela tragédia. De acordo com a CNN, a polícia da Hungria, que ajuda a Áustria nas investigações, prendeu três pessoas ligadas às mortes nesta sexta: o dono do caminhão e dois motoristas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que estava na Áustria na quinta para participar de uma reunião com líderes dos países dos Bálcãs, disse ter ficado “comovida” com a tragédia. “É uma advertência de que devemos trabalhar, resolver o problema e demonstrar solidariedade”, declarou ela.

 

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