Morreu nesta sexta-feira (23) Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo. Segundo reportagem da Folha de SP, ele enfrentava problemas decorrentes de uma malária que adquiriu nos anos 1990. O artista tinha 81 anos e vivia em Paris.
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, este fotógrafo brasileiro transcendeu as fronteiras da arte para se tornar um dos mais importantes documentaristas visuais do nosso tempo. Com sua estética marcante em preto e branco, Salgado não apenas deixa o simples registro: com sua imagem, ele comove e incita à reflexão sobre a condição humana e a urgência da preservação ambiental.
Formado em Economia, com mestrado pela USP e doutorado pela Universidade de Paris, Salgado atuou na área até o início dos anos 1970. Foi durante uma viagem à África, onde coordenava um projeto, que ele teve seu encontro transformador com a fotografia. A princípio, o que era um hobby despretensioso com a câmera de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, rapidamente se tornou uma paixão. Depois, vocação.
Ativismo e legado de Sebastião Salgado
Além de seu trabalho como fotógrafo, Sebastião Salgado foi um ativista incansável pela preservação ambiental. Assim, fundou o Instituto Terra, uma organização dedicada ao reflorestamento e à recuperação ambiental na Mata Atlântica, na região do Vale do Rio Doce.
Por fim, sua vida e obra foram retratadas no documentário indicado ao Oscar “O Sal da Terra” (2014), dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, seu filho.


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