O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, passou por um transplante e recebeu um novo coração neste domingo (27). A informação foi oficialmente confirmada pelo Hospital Albert Einstein, onde Faustão está internado desde o dia 5 de agosto para tratamento de insuficiência cardíaca.

O hospital divulgou uma nota afirmando que o procedimento ocorreu com sucesso e que Fausto Silva continua na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“As próximas horas são cruciais para monitorar a adaptação do novo órgão e controlar possíveis reações de rejeição”, diz a nota.

Conforme o UOL, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo entrou em contato com o hospital na madrugada de domingo para informar sobre a disponibilidade de um coração compatível para o apresentador. Após a avaliação de compatibilidade, a cirurgia foi realizada e teve duração de cerca de 2 horas e meia.

O processo de transplante de coração tem uma janela limitada de tempo, cerca de quatro horas, durante as quais o órgão deve ser transplantado para seu novo receptor. Esse período, chamado de isquemia, varia conforme o órgão e constitui um aspecto desafiador do transplante cardíaco.

Até o momento, tanto a esposa de Faustão, Luciana, quanto o filho do apresentador, João Guilherme, preferiram não comentar publicamente sobre o assunto.

O Hospital Albert Einstein ainda não compartilhou informações sobre a origem geográfica do órgão doador nem sobre eventuais riscos pós-cirúrgicos.

Quadro de saúde

Desde 5 de agosto, Faustão estava internado no Hospital Albert Einstein para tratamento de insuficiência cardíaca. Ele necessitava de diálise e estava recebendo medicação para auxiliar na capacidade de bombeamento do coração.

Devido à gravidade de sua condição de saúde, o apresentador recebeu prioridade na lista de espera por um transplante cardíaco.

Em 21 de agosto, Faustão publicou um vídeo em suas redes sociais e pediu orações aos fãs e amigos.

Como funciona a lista de espera

A lista de espera por um órgão funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada e conforme outros critérios como os de compatibilidade, gravidade do caso e o tipo sanguíneo do doador. Alguns pacientes podem esperar de 12 a 18 meses na fila.

Esses fatores são levados em consideração para a definição de quem deve ser priorizado. Pacientes em estado crítico podem ser atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.

As listas de espera para transplante são geridas pelas Centrais Estaduais de Transplantes. Os órgãos destinados à doação não utilizados no próprio estado são direcionados para a Central Nacional de Transplantes, que busca um receptor na lista única.

Quando um coração pode ser doado

Para ocorrer a doação de órgãos, o doador precisa apresentar morte encefálica – diagnóstico de morte – e estar em uma UTI hospitalar. Para a confirmação da morte encefálica, o paciente é examinado por dois médicos e é feito um exame de imagem para que a morte encefálica seja confirmada. Somente após o diagnóstico completo e confirmada a morte que a família do paciente passa por entrevista para a doação de órgãos. 

O paciente pode doar se não tiver contraindicações absolutas para doação de órgãos e tecidos para transplantes, como exemplo, contraindicações de doenças transmissíveis ao receptor.

Se a família aceita doar os órgãos, assina o Termo de Retirada de Órgãos e Tecidos do seu ente querido.  Após a assinatura do Termo de Retirada que a equipe dará início aos exames, captação e logística de distribuição para que os órgãos e tecidos doados cheguem até o receptor que aguarda, na fila única, receber o órgão doado.  Todo o processo de doação de órgão, desde a captação ao transplante é realizada de forma transparente e é acompanhado pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.