Na última quarta-feira (6), Karina de Assis, amiga de Yuri de Moura Alexandre, agressor do ator Victor Meyniel, prestou um depoimento na 12ª DP, em Copacabana, no Rio de Janeiro. As informações são do G1 e O Globo.

Ela, que assim como Yuri é médica, disse que teria sido “importunada” por Victor e que o artista teria tentado voltar ao apartamento diversas vezes, após ser expulso por Yuri.

De acordo com Karina, ela chegou de um plantão no sábado (6), ela manhã, e depois de algumas falas inconvenientes de Meyniel, segundo ela, resolveu ir para o seu quarto. Em seguida, o ator teria entrado no cômodo e perguntado qual era o signo dela. Com as resposta, ele teria disparado: “Tá explicado! Por isso você é chata e esquisita desse jeito”, dizia um trecho do depoimento.

Ela ainda informou que após o ator sair do quarto, Yuri foi até ela e confirmou que os dois tinham ficado. “Sim, ficamos! Mas o Victor é muito chato! Estou tentando fazer ele ir embora há algum tempo”, revelava outra parte do depoimento. Neste momento, o agressor teria avisado que ia para a academia na intenção de fazer Victor sair do apartamento. Pouco tempo depois, o ator teria tentado entrar novamente no quarto de Karina, que estava trancado. Ela então mandou mensagens para o amigo, pedindo para que ele voltasse.

Print mostra conversa entre Karina e Yuri. (Reprodução)

Karina contou ainda que Victor saiu da porta do seu quarto, mas voltou logo em seguida perguntando: “Você pediu para o Yuri me tirar daqui?”. No depoimento, ela conta que foi neste momento que Yuri tirou o ator do apartamento, dizendo: “Você não vai tratar minha amiga assim, ela mora aqui. Aqui é a casa dela, você vai embora agora”. Segundo a médica, ela teria ouvido o agressor gritar outras três vezes com o artista. “Eu vou f*der com a sua vida! Sua vida nunca mais será a mesma… Você não sabe quem eu sou”, teria disparado Victor após a expulsão.

Ela ainda contou que viu o amigo mostrar o dedo do meio para o ator, e que Victor não teria descido, forçando a porta do elevador para voltar até o apartamento deles. Depois que conseguiu dormir, a médica teria recebido uma ligação do porteiro do prédio, avisando que ela teria que ir até a delegacia por causa do Yuri: “Karina, a senhora precisa comparecer à 12ª DP para pegar os pertences do Yuri”.

A médica relatou que conheceu o amigo em 2017, quando estudaram medicina em Vassouras, no Rio de Janeiro. Ela disse que conheceu outros parceiros e até o ex-marido de Yuri e que a orientação sexual do agressor é um fato conhecido por todos que conhecem ele. Yuri está preso preventivamente por crimes de lesão corporal por preconceito, lesão corporal e falsidade ideológica.

O que diz a defesa de Victor

Em nota, a defesa de Victor Meyniel afirmou que “nada justifica o cruel e covarde espancamento revelado pelas imagens do circuito interno do edifício, e a omissão de socorro cometida pelo porteiro”. Victor ainda afirmou que o relato prestado por Karina não confere.