A cantora e drag queen Gloria Groove participou do Conversa com Bial nesta sexta-feira, 1º. Confirmada como uma das atrações do 2022, ela lembrou sua primeira vez no festival, em 2019, ao lado da rapper Karol Conká e falou sobre as expectativas para sua apresentação neste ano.

“A responsabilidade depois de entrar no palco Sunset como convidada de Karol Conká, uma pessoa por quem eu tenho o maior respeito do mundo, que é minha referência e me levou pela mão por esse grande espaço, agora voltando com meu próprio show para esse palco tão importante.”

“Quando lembro que isso vai acontecer, eu lembro da importância do que eu estou fazendo. E o quanto vale a pena sonhar”, disse. “Há um pouco mais de sete anos, eu estava dentro do meu quarto sonhando com a possibilidade de que isso ia acontecer. E levar esse trabalho para o palco do Rock in Rio, para mim, é a prova de que tudo é possível.”

Ela também falou sobre o cancelamento e ódio nas retratado em sua A Queda. “Por eu trabalhar com a imagem desde muito cedo, fui tomada precocemente por essa constante sensação de que tudo à sua volta está esperando por um mínimo deslize.”

“Talvez eu não saiba dizer quando essa sensação achou um lugar dentro de mim pela primeira vez, mas eu consegui apontar muitas situações onde isso aconteceu depois de eu já ter meu trabalho como Gloria Groove”, completou.

Para ela, essa inspiração para a criação da música veio da sua impressão como público. “A Queda veio primeiro do fascínio por uma coisa tão forte, que é esse ódio coletivo, o motim, quase que me levasse a uma reflexão de ‘é isso mesmo que está todo mundo esperando? Quer dizer que nada vai ser tão prazeroso quanto o momento de vulnerabilidade?’.”