Morre Nelson Freire, maior pianista brasileiro, aos 77 anos

A causa da morte ainda não foi divulgada

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Seu retorno aos palcos estava previsto para o ano passado
Seu retorno aos palcos estava previsto para o ano passado

Morreu na madrugada desta segunda-feira, dia 1º de novembro, o pianista brasileiro Nelson Freire, aos 77 anos. Ele estava em sua casa no Rio de Janeiro. A notícia foi confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo por sua empresária. Freire foi um dos maiores artistas brasileiros, com uma carreira que o levou aos principais palcos do mundo.

A causa da morte de Nelson Freire ainda não foi divulgada.

Freire sofreu um acidente durante uma caminhada no Rio de Janeiro em 2019 e passou por cirurgias no ombro. Seu retorno aos palcos estava previsto para o ano passado, mas os recitais foram cancelados por conta da pandemia.

Há dois meses, ele cancelou sua participação como jurado do Concurso Chopin de Varsóvia.

História de Nelson Freire

Nascido em 1944, na cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais, Nelson Freire demonstrou seu talento com o piano precocemente. Afinal, aos 3 anos, ele já tocava o instrumento e impressionava familiares.

Depois, sua família saiu da cidade mineira e foi para o Rio de Janeiro. Lá, Freire passou a receber orientação das pianistas Nise Obino e Lúcia Branco. Deu certo: aos 12 anos, se tornou um dos vencedores do Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro.

Com isso, nunca mais se afastou do piano e apresentou uma carreira meteórica. Aos 19 anos, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa. Já aos 24 anos, estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York.

A revista Time, após apresentação nos Estados Unidos, o chamou de “um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração”.

Freire, então, conseguiu conquistar sucesso nacional e internacional. Já tocou em mais de 70 países e foi o único brasileiro a ser incluído na Great pianists of the 20th century, coletânea de 100 volumes com gravações de 72 pianistas lançada mundialmente.

Também trabalhou com prestigiados regentes, como André Previn, Rudolf Kempe, Pierre Boulez, Kurt Masur e Lorin Maazel.

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