Miss Universo 2021: com tentativas de mudanças, concurso chega na 70ª edição, em Israel
O Miss Universo acontece neste domingo às 21 diretamente de Éilat
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A grande final do Miss Universo 2021 vai ocorrer na noite deste domingo às 21 horas, horário de Brasília, diretamente de Éilat, em Israel. Em sua segunda edição na pandemia e entregando o reinado mais curto da história de uma vencedora, o da mexicana Andrea Meza, Miss Universo 2020 eleita em maio, o concurso que se reformulou nos últimos anos chega à sua 70ª edição com suas tradicionais favoritas em Israel, país que apostou na divulgação do turismo nacional.
“A pandemia afetou bastante os concursos no sentido de escancarar suas necessidades financeiras. A gente sabe que é um grande negócio, e todo mundo precisa de dinheiro”, afirma o administrador de empresas Tarcísio Filho, que acompanha concursos de miss desde 2006, em entrevista para Splash. Contudo, a ida do Miss Universo para Israel gerou certa controvérsia.
A premissa do governo israelense sempre foi expandir e mostrar as belezas naturais do país para um público que poderia estender viagens ao Egito ou Emirados Árabes para lá. O Miss Universo anunciou a sede em julho concomitantemente com o Ministério do Turismo do país. Mesmo com o ineditismo de ser o primeiro concurso no Oriente Médio, houve boicote de países como Indonésia, devido à questão da Palestina.
“Realizar o concurso lá foi arriscado, devido às questões diplomáticas, pois há muitos países que não se relacionam com Israel, a exemplo da Indonésia, que não enviaram candidatas”, declara Manoela Staub, funcionária pública e administradora do perfil “The Perfect Miss Brasil” junto com o gaúcho Thyerry Rossales.
“O concurso conseguiu lidar muito bem com isso. E tem aberto portas, você vê a cada ano a presença de países inéditos, estando ou não envolvidas com condições políticas nada favoráveis”, avalia o especialista de biotecnologia, João Ricardo Dias, moderador do Miss Brazil On Board, fórum online surgido em 2004, o primeiro em língua portuguesa no mundo.
As favoritas e o Brasil
“Essas mulheres que sobem no palco do Miss Universo transformam suas vidas, a de suas famílias e comunidades. Impactam a vida de milhares de fãs, e de fato geram transformação”, declara Julia Horta, que era uma das mais citadas para vencer o Miss Universo em 2019.
“Entre as candidatas fortes que estão se destacando nesta edição vemos a Bélgica, que subiu como espuma. Uma mulher com uma história de vida incrível”, avalia Hernández. A Miss Bélgica, Kedist Deltour, nasceu na Etiópia, sobreviveu a um ataque a bomba, morou na rua quando criança, perdeu a mãe e foi adotada com os irmãos por um casal belga.
Tarcísio Filho acredita que o concurso pode ir para esse lado mais familiar, considerando a multiculturalidade. Para ele, a vencedora precisa estar entre esses sete países: Bélgica, Porto Rico, Espanha, Índia, EUA, Colômbia e Paraguai. “Mas acho que apostar na paraguaia, que foi indicada [ou seja, não teve concurso], é um pouco arriscado”, confessa.
Quanto ao Brasil, João Ricardo acredita que o Miss Universo esteja procurando um perfil mais clássico, de gestos, atitudes, de cortes mais suaves, e, com isso, a brasileira pode ser favorecida. “Faz tempo que não temos uma Miss Universo loira”
Sem vencer o Miss Universo desde 1968, o Brasil viveu o quase “tricampeonato” apenas três vezes: nas edições de 1972, 2007 e 2020. Sigarini diz que faltou às organizações nesse período entender o que o Miss Universo queria. “A gente teve mulheres incrivelmente lindas representando o Brasil nos últimos anos e creio que a falta de preparação foi algo que pesou muito. Acredito sim na vitória do Brasil esse ano”, conclui.
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