A modelo processa a Igreja Universal com o intuito de reaver os R$ 2 milhões que ela diz ter doado à instituição durante os anos em que participou dos cultos. A Folha de teve acesso aos documentos de Andressa enviados pelos advogados da modelo. Neles, Andressa diz que, apesar do processo, Andressa mantém sua crença e religiosidade e continua fiel aos olhos de Deus. Para ela, porém, determinadas atitudes praticadas pela Igreja Universal não estariam em conformidade com os ditames bíblicos.

“A Andressa Urach, enquanto fiel, acreditou cegamente na palavra da Igreja e doou a ela mais de R$ 2 milhões de diferentes formas e em momentos diferentes, sendo que na medida que seus recursos foram se esgotando, o aconselhamento e o auxílio dado pela Igreja também foram”, diz o documento.

Baseando-se nas leis de número 548 e 549 do Código Civil, os advogados dizem que “é nula a de todos os bens sem reserva de parte ou renda suficiente para a subsistência do doador”. Dizem ainda que “nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento”.

Os advogados de Andressa completam que foram realizadas doações de carros, joias e outros bens móveis, além de um depósito de R$ 1 milhão. Segundo eles, a modelo carece do auxílio de pessoas próximas para que mantenha seu sustento. “Falta recurso financeiro até para pagar as custas do processo, as contas mínimas do lar, filho que esta em escola pública, toda economia dela para Igreja”, afirma o advogado Marco Mejìa.