Faustão conversa com dançarinos negros sobre racismo na ‘Dança dos Famosos’

Faustão mostrou sua revolta com a discriminação racial no Brasil e falou sobre o assunto no “Domingão do Faustão” deste domingo (29)

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Faustão mostrou sua revolta com a discriminação racial no Brasil e falou sobre o assunto no “Domingão do Faustão” deste domingo (29). O apresentador conversou com os dançarinos negros do quadro “Dança dos Famosos” e enalteceu os profissionais.

“O negro ganha menos, ele tem menos oportunidade. E aí vem gente falar que não tem racismo no Brasil. É uma tremenda hipocrisia, não é?”, perguntou o apresentador ao dançarino Jefferson Bilisco, que substituiu Marcos Lobo como par de Guta Stresser.

“Completamente. Falando de Brasil. E essa consciência que a gente tem. Primeiro, eu queria muito lhe agradecer pela oportunidade, Fausto. Aos meus amigos, o Marcos é um grande irmão que a gente tem aqui na casa. Muito obrigado pela representatividade para poder mostrar pra todo mundo que nós somos, sim, talentosos e nós trabalhamos”, respondeu Bilisco.

Faustão também falou sobre racismo com Ana Paula Santos, professora de André Gonçalves. “A mulher negra sofre muito mais do que a mulher branca, nessa questão de racismo, preconceito e violência?”, perguntou o apresentador.

“A mulher negra deve se manifestar de forma positiva e se posicionar. Não é fácil ser mulher e negra nos dias de hoje, principalmente no Brasil”, disse a dançarina.

“Só quem está fora do mundo é que não tem essa noção. Nos Estados Unidos, o negro reage. E aqui, a hora que o negro começar a reagir para valer, vocês vão ver o que é bom para tosse. Aqui é a pior situação porque o povo finge que não tem [racismo]”, completou Faustão.

André Gonçalves também resolveu falar sobre o assunto. “É triste, muito triste, porque já existe uma desigualdade muito grande. A gente tem que acabar com isso. Todo tipo de preconceito e racismo não levam a lugar nenhum”.

Faustão também conversou com Igor Maximiliano, professor de Isabeli Fontana no “Dança”. “Igor, quando você enfrenta qualquer tipo de racismo, esse problema que as pessoas tentam desmentir, mas que existe e está cada vez pior, o sorriso ajuda ou atrapalha?”, pergntou.

“Acho que o sorriso ajuda. A gente está numa fase de desconstrução porque cada vez mais que a gente puder sorrir e estender a mão para o próximo, especialmente para nós, negros, a gente vai sempre sorrir”, disse o dançarino.

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