Michel Teló se aventura em musical de ‘Bem Sertanejo’ nos palcos do teatro
Cantor fez sucesso com quadro e agora lança nova proposta
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Cantor fez sucesso com quadro e agora lança nova proposta
O músico Michel Teló mostra mais uma faceta de seu talento em “Bem Sertanejo – O Musical”, ambientado no teatro com três apresentações em São Paulo, e que seguirá por outras cidades. O cantor, que começou em Campo Grande, se aventura nos palcos após trabalhar com sucesso o quadro “Bem Sertanejo”, do “Fantástico”, da Globo, exibido entre 2014 e 2015. No quadro original, ele mostrou a história do gênero musical com ajuda de duplas como Fernando & Sorocaba, Zezé Di Camargo & Luciano, entre tantos nomes.
O quadro logo inspirou um livro de mesmo nome e agora vira o musical que deve ser apresentado em Porto Alegre, Curitiba, Rio, Brasília, Belo Horizonte até terminar em Ribeirão Preto (2 a 4 de junho). “Quando estouramos com a música Fugidinha, percebi a necessidade de fazer um projeto de raiz”, conta Teló. “Foi quando surgiu o quadro no Fantástico e as pessoas se identificaram tanto que lançamos o livro. Mas eu queria um musical, só que eu e minha equipe não tínhamos o conhecimento necessário”.
A criação foi entregue a um especialista: Gustavo Gasparani, que assumiu a direção além de ser autor do texto e do roteiro musical. Em seu currículo, ele ostenta uma empreitada da mesma envergadura, SamBRA, musical estrelado por Diogo Nogueira em 2015 e que contou a história do samba. Bem Sertanejo segue pela mesma trilha – conta a trajetória e a formação da música caipira e da cultura interiorana do Brasil país de forma poética e não cronológica. O primeiro ato é completamente rural, lírico, entremeado por poemas de Cora Coralina, Manoel de Barros e inspirado no universo de Guimarães Rosa.
Já o segundo ato é marcado pela trajetória de artistas caipiras, como Angelino de Oliveira, Raul Torres, João Pacífico, Tonico & Tinoco, Tião Carreiro, entre outros. Aqui, são mostradas as primeiras apresentações pelo interior até chegar à cidade grande. O sertão mítico, isolado do resto do País, torna-se ultrapassado à medida que sofre com os efeitos do progresso e da globalização. “Proponho uma viagem pelos nossos interiores – memórias, infância, descobertas -, resgatando, assim, o sertão que há em cada um de nós e, ao mesmo tempo, um contato direto com nossas raízes culturais”, conta Gasparani.
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