Campo-grandenses que não gostam de folia ‘inventam’ jeitos de aproveitar Carnaval

Passear, estudar e até trabalhar

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Passear, estudar e até trabalhar

Trabalhar, estudar, passear. Estes são alguns dos programas de campo-grandenses que não gostam de carnaval. Para eles, qualquer programa que afaste da folia, está valendo. Há também aqueles que são indiferentes e até participariam do ‘abre alas’, mas preferem aproveitar o feriado de outra forma.

É o caso do assessor Lucas Pellicioni, de 26 anos, que vai de ônibus com amigos em direção a ‘um baile em Assunción, capital del Paraguay’. Ok, eles não vão exatamente para um baile, mas é no país vizinho que vão passar estes dias.

“A gente vai ficar num hostel, que parece bem bacana e conhecer a cidade, as pessoas. Tem lugares históricos muito bonitos. Muitos restaurantes e bares legais. E aproveitar que o câmbio é maravilhoso. Vai ser mais barato que passar o carnaval em casa”, afirma Lucas, que se estivesse em Campo Grande até iria pra rua, mas acrescenta que “mas se der pra fazer outra coisa, prefiro”.

Campo-grandenses que não gostam de folia 'inventam' jeitos de aproveitar Carnaval

“Não gosto de carnaval, então quero aproveitar o feriado para escrever. Lá não tem internet, nem celular, o que me distrai muito. Levo meus dicionários impressos, anotações e trabalho. Assim minhas filhas tem contato com a natureza, com a rotina do sítio, zona rural”, conta Juliana.

Fugir do carnaval também é a opção da terapeuta ocupacional Giovana Hayworth, de 25 anos. Mas ela faz questão de levar seus dois ‘dogs’, a Tulasi e o Fred. “Eu trabalho muito e percebi que tenho ficado um tempo muito curto com eles. Queria passear nesse carnaval, mas não achei justo excluir eles justamente no periodo que nao estarei trabalhando. Por isso eles vão também”, declara. O local escolhido será a fazenda Piana, na zona rural de Campo Grande.

Fred e Tulasi vão passar o carnaval na fazenda com a Giovana. (Arquivo pessoal)

Já o acadêmico de arquitetura Lucas Martins, de 24 anos, mesmo não gostando de carnaval, vai ter que trabalhar. No quinto semestre do curso, ele trabalha loja Subway e acredita que vai atender diversos foliões. “Vou ter folga somente na segunda, mas vou fazer trabalhos da faculdade e dormir. Não gosto de carnaval, o ambiente não é controlado e as músicas não me agradam”, opina.

Quem vai trabalhar também é a arquiteta Francine Rocha, de 32 anos, mas não no ofício, vai estar ajudando a cuidar de adolescentes de 12 a 18 anos em uma conferência de jovens de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Francine que já participou de atividades como esta quando jovem, agora vai como líder pela primeira vez.

Francine irá trabalhar em uma conferência de jovens de uma igreja.

“Estou esperando que se divirtam, conheçam outras pessoas, mas também que aprendam e aumentem a espiritualidade. O exemplo de outros jovens é muito importante. Tem uma programação voltada para ensinamentos e diversão. Acho que estas atividades são necessárias. Não tem mais como eles ficarem aqui [no carnaval]. Se perdeu a cultura do carnaval de antigamente, então é bacana e importante ter essa outra alternativa”, pontua Francine.

Destinos – O campo-grandense que vai viajar para escapar da folia normalmente prefere ir para Bonito, afirma a agente de turismo Thámoni Bittencourt, da agência Ver o Mundo. “É um local próximo que dá pra aproveitar os poucos dias de carnaval”, afirma. Segundo ela, outros destinos são Trancoso, na Bahia e Jericoacoara, no Ceará.

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