Vinho, até então, era dividido em três cores: tinto, branco e rosé, com tonalidades distintas de acordo com a safra de uvas, processo de vinificação e tempo de envelhecimento. Isso, para os leigos, porque, para os enólogos e amantes da bebida, uma técnica ancestral traz até uma nova cor e sensação olfativa.
Quem traz a novidade, em Campo Grande, é o Grupo Pereira, o qual negociou um excelente valor no vinho, de origem chilena, e o apresentou na segunda edição da Feira de Vinhos, ocorrida no Comper Itanhangá, nesta quinta-feira (26). São, ao todo, 850 rótulos disponíveis ao cliente.
”Tivemos a primeira feira no ano passado, fora da estrutura da loja no caso, e este ano trouxemos uma entrada temática ao cliente. São cerca de 30 metros, um ambiente bem legal onde o cliente recebe a taça e pode iniciar a experiência com vinhos mais leves e, inclusive, já decorar e pintar sua taça”, afirmou ao Jornal Midiamax o sommelier e gerente das adegas do Grupo Pereira, Charles Carvalho, de 45 anos.
‘Frio faz as pessoas beberem vinho com mais naturalidade’, comenta sommelier

No caso desta experiência, o sommelier ressalta que a intenção é “deixar o cliente super à vontade”. “A intenção foi abrir com algumas exportadores, produtos brasileiros, então, começa com um espumante, um bom vinho branco, algo mais leve. E nisso também temos a particularidade, que iniciou o inverno, diferente do ano passado, que estava um pouco mais quente. Este ano está gelado, frio, mais fresco e agradável e, com isso, as pessoas recebem o vinho mais com naturalidade”, argumentou.
De acordo com Charles, a experiência degustativa também envolve outros sentidos. “São 850 vinhos, quase 900 na verdade, vindos de 13 países, frutos da nossa importação e aqui temos uma média de 130 garrafas de vinhos branco, tinto e rosé para prova. E, entre eles, a novidade, o vinho laranja. Não é que ele é exatamente laranja, e sim é uma técnica de muitos anos, que a gente chama de técnica ancestral”, explicou.

‘Vinho laranja é fruto de fermentação por semanas, até meses’, ressalta enólogo
Na hora do processo da maceração e fermentação do vinho, por exemplo, o líquido é separado do bagaço da uva, bem como o talinho, a semente e a pele. “Fica só o líquido, o outro já é descartado e, deste vinho laranja, que não é de laranja e sim de uva branca, na hora da maceração ele fica por algumas semanas ou meses ali, fermentando. Sendo assim, adquire uma coloração um pouco mais âmbar e com a sensação olfativa de laranja”, ressaltou.
Conforme o sommelier, o vinho é chileno e está com ganha 70% de desconto na segunda garrafa. “Nós criamos rótulos exclusivos, então, quando o Grupo Pereira começou com a exportação, quis o rótulo dele. E já são 15 anos trabalhando com o Grupo Pereira, destes, 7 anos na Feira de Vinhos. E a novidade, o vinho laranja, foi um desafio que recebemos e deu certo. Foi criado para o campo-grandense, é de vocês esse vinho aqui”, finalizou Jorge Inácio, de 42 anos, o enólogo e representante da Terra Austral.
