Herdeira da maior sucuri do mundo assume o trono de rainha após morte em Mato Grosso do Sul

“Pai” das sucuris relata que “Mãezona” já se comporta como a rainha do Rio Formoso – título que antes pertencia à “Vovózona”

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"Mãezona" já ocupa espaços preferidos da finada "Vovózona" – (Foto: Vilmar Teixeira)

Encontrada morta em março deste ano na cidade de Bonito (MS) em decorrência de causas naturais, “Vovózona”, a maior sucuri-verde catalogada no mundo, já tem uma sucessora na região alagada do município turístico. “Mãezona”, outra anaconda conhecida pelos brasileiros que também vive por lá e dividia espaço com a finada cobra é considerada “herdeira” oficial do trono e já assumiu o posto de rainha entre as mais majestosas sucuris do lugar.

Quem confirma a informação é justamente o monitor ambiental conhecido como “pai” das sucuris de Bonito. Em conversa com o Jornal Midiamax, Vilmar Teixeira relata que “Mãezona” já se comporta como a nova rainha do Rio Formoso – título que antes pertencia à “Vovózona” – e, inclusive, tem ocupado os pontos preferidos que a falecida cobra usava para banho de sol.

Veja:

Sucuri “Mãezona” em recente aparição – (Imagens: Vilmar Teixeira)

Sucuris de Mato Grosso do Sul se tornaram personalidades mundiais

É importante lembrar que as duas sucuris foram alçadas ao estrelato e ficaram conhecidas pelo grande público há alguns anos. Seus diversos acasalamentos e registros rotineiros impressionantes documentados em Bonito as tornaram famosas mundo afora. Documentaristas estrangeiros, inclusive, volta e meia desembarcavam em Mato Grosso do Sul para filmá-las.

Os nomes popularizados também não foram escolhidos ao acaso. Por conta de seus tamanhos, Vilmar batizou as serpentes seguindo uma lógica: “Vovózona” era considerada a mais velha e maior sucuri de Bonito, enquanto “Mãezona” a segunda maior e nem tão velha assim.

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Finada “Vovózona” à esquerda e “Mãezona” à direita – (Fotos: Vilmar Teixeira)

Homenagem póstuma: Vovózona era a maior sucuri do mundo

Contudo, como só pôde ser medida oficialmente após ser encontrada morta, “Vovózona” (que também era chamada de “Anajulia” pelos pesquisadores) só foi confirmada como a maior sucuri catalogada no mundo postumamente, com impressionantes 6,5 metros de comprimento.Quem divulgou a informação foi o biólogo Henrique Abrahão-Charles, ao revelar que, anteriormente, a maior sucuri catalogada no planeta tinha 5,21 metros.

Não à toa, ainda que de causas naturais, sua morte representou uma tragédia para a fauna mundial, já que o maior exemplar documentado da espécie Eunectes murinus simplesmente deixou de existir.

Mas, se depender de “Mãezona”, “Vovózona” tem uma substituta à altura – pelo menos em Bonito -, mesmo que a primeira ainda não tenha suas medidas oficiais confirmadas pelos pesquisadores.

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Sucuri sucessora era parente de sucuri encontrada morta?

Ao Jornal Midiamax, o monitor ambiental Vilmar Teixeira não confirma com precisão se “Mãezona” é realmente a maior da área, mas afirma com convicção que ela é a maior a qual ele tem acesso e estima aproximadamente 6 metros de comprimento para a serpente.

E embora o guia tenha usado termos familiares para denominar as gigantes sucuris-verdes de Bonito, o parentesco entre “Mãezona” e “Vovózona” nunca foi confirmado.

Por conta das nomenclaturas, muita gente acreditou por um bom tempo que se tratavam de mãe e filha. Alguns ainda pensaram que as duas poderiam ter nascido na mesma ninhada e, portanto, seriam irmãs. Contudo, a ciência jamais atestou qualquer grau familiar entre elas.

Instinto de sucuri

O que se sabe é que, moralmente, por conta do tamanho, da fama e da imponência, “Mãezona” tornou-se a herdeira natural de “Vovózona”, assumiu o trono de rainha e já ocupa espaço após a tragédia ambiental envolvendo a morte natural da sucuri mais velha.

Apesar disso, a finada sucuri é insubstituível no coração do monitor Vilmar. Com a fama de guardião das serpentes em Bonito, o guia turístico era apegado à maior das cobras e confessa sentir saudades, sete meses após o falecimento do animal.

Questionado se algo mudou no município depois da morte do exemplar, ele acredita que sim. “As pessoas começaram a se preocupar mais com essa área de preservação em Bonito. Vejo que muita gente está olhando com mais respeito para as questões que envolvem cuidado ambiental”, afirma.

Por fim, Vilmar diz acreditar que os animais que vivem no mesmo habitat antes dominado por “Vovózona” também passaram a se comportar de maneira diferente na área desde sua partida, sendo o instinto de “Mãezona” ao assumir o trono de rainha do Rio Formoso a mais notável entre as mudanças.

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