Perícia de Mato Grosso do Sul conclui que sucuri Ana Júlia morreu de causas naturais e descarta crime
Sucuri era referência em Mato Grosso do Sul, já participou de novelas e sua morte foi amplamente divulgada na internet
Priscilla Peres –
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Na semana passada, a morte de uma sucuri de Bonito, cidade localizada a 260 quilômetros de Campo Grande, causou comoção na internet, após o documentarista Cristian Dimitrius divulgar amplamente que a Ana Júlia, como era conhecida, teria sido assassinada a tiros. Porém, a perícia de Mato Grosso do Sul descartou crime ambiental e aponta que o animal morreu de causas naturais.
Ao Jornal Midiamax, a perícia da polícia civil de Mato Grosso do Sul confirma que a sucuri morreu de causas naturais, já que exames não encontraram sinais de tiros e nem de agressões. Raio-x encaminhado pela perícia mostra a cabeça do animal intacta, sem tiros ou pauladas.
“O que os exames complementares apontam foi que a causa foi natural e dentro disso podem ser vários fatores como patológicos, ambientais, ou outros. Mas foi descartada morte traumática”, afirma assessoria da perícia da Polícia Civil.
Anteriormente, já havia sido descartada a morte ocasionada por tiros de arma de fogo, como foi divulgado por blogueiros na internet, visto que policiais não encontraram nenhuma marca no corpo do animal.
Corpo em decomposição
Inicialmente, a PMA (Polícia Militar Ambiental) informou que a cobra passaria por taxidermia para ficar exposta em seu acervo. Porém, o avançado estado de decomposição do corpo impede que isso ocorra.
Só a perícia vai precisar a data da morte da cobra, mas é provável que ela tenha morrido entre os dias 23 e 24 de março e o corpo já estava em avançado estado de decomposição, inclusive com moscas e larvas.
Pedaços do corpo de 6,5 metros serão analisados e outros foram descartados.
O auge do estrelato da sucuri Vovózona
O “boom” do assunto e da fama de Vovózona se deu em 2022, durante a exibição do remake da novela “Pantanal”, da TV Globo, quando o termo “sucuri” estava em alta nas pesquisas. O fato do folhetim ter um personagem que se transformava em uma cobra da espécie aguçou ainda mais a curiosidade da população acerca da espécie.
Só no Jornal Midiamax, Vovózona foi notícia inúmeras vezes. Até poucas semanas antes de seu falecimento, ao ter imagens inéditas divulgadas pelo biólogo holandês Freek Vonk, a serpente foi capa de noticiários pelo mundo. Desse modo, ano após ano, seja por algum novo acasalamento, avistamento, momento de refeição, um simples banho de sol, e agora seu falecimento, a cobra segue sendo assunto.
Todos estes holofotes fizeram, por exemplo, vários youtubers se organizarem para ir até Bonito só para conhecer a majestosa sucuri no ano passado. E este tipo de turismo buscando a cobra é, de fato, um dos mais frequentes por lá: todo mundo queria ver Vovózona.
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