‘Vou pegar o auxílio e já volto’: cãozinho deixado com cuidador de motos vira mascote no Centro
Homem deixou filhote aos cuidados de Marcos, porém, não voltou. Marcos decidiu cuidar do cão e fala que é “um presente de Deus”
Graziela Rezende –
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Pronto para mais um dia, em que cuida motos na Rua Dom Aquino, quase esquina com o cruzamento da Rua 13 de Maio, Marcos Antônio Soares, de 45 anos, foi surpreendido por uma pessoa, com um filhote no colo. Ele teria dito: “Vou ali na Caixa [Econômica Federal], pegar o auxílio, e já volto”. Há 7 meses, no entanto, não voltou e o animal ficou sob a tutela de Marcos.
Conhecido pela função, a qual desempenha há 13 anos, o cuidador de motos jamais imaginou ter uma companhia tão fiel. O cãozinho, que ganhou o nome de Marlon, o acompanha a todo momento e se tornou mascote, na região central de Campo Grande, ainda mais pela amizade e até pelo cantinho que já ganhou em uma banca da região. Ração, coberta, uma caminha… o que mais ele pode querer?
“O homem deixou ele comigo, falando isso. O Marlon tinha um mês de vida. Depois, passei a cuidar dele. Antes, eu morava no Centro, só que o dono pediu a casa e agora estou no bairro Taquarussu. Só que ele vem e volta comigo diariamente. Meu expediente é das 7h às 18h e ele fica comigo aqui a todo momento”, afirmou Marcos ao MidiaMAIS.
No final do dia, quando precisa passar em algum supermercado, Marcos diz que orienta Marlon a esperar na porta e lá ele fica, até o final da compra. “As pessoas ficam impressionadas, vendo o quanto ele é obediente. Onde eu vou ele vai e aí, quando é no mercado, ele senta na porta e fica me esperando. É um cão extremamente obediente, que eu considero um presente de Deus”, argumentou.
Conforme o cuidador de carros, o cão deu um pequeno susto esta semana.
“Eu estava em casa e ele sumiu. Eu chamava, chamava e nada. Mas, acredita que ele achou um cantinho no quintal e lá estava dormindo. Eu peguei amor nele e não vou entregar para qualquer um. Se a pessoa aparecer e dizer ser dona, vai ter que comprovar, senão eu não entrego”, comentou.
Mascote do Centro
Na banca de revistas, como Marcos possui amizade com os funcionários, Marlon também foi conquistando e, agora, todos dizem que ele é o “mascote do Centro”.
“A gente arrumou um cantinho, com caminha e cobertor. E também tem a ração dele. É um cão esperto, que avisa quando está com fome, latindo. Ele também fica observando o Centro e brincando comigo”, finalizou.
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