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Desclassificada do desfile de Campo Grande, Unidos do Aero Rancho é desligada da Lienca

Decisão foi feita em assembleia extraordinária na noite de quinta-feira (23)
Karina Campos - Publicado em
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desfile
Desfile na passarela de Campo Grande (Foto: PMCG)

A escola Unidos do Aero Rancho foi desligada da Lienca-CG (Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande) após decisão em assembleia extraordinária na noite de quinta-feira (23). Com a determinação imediata de enrolar pavilhão, a agremiação não deve desfilar até novo acordo.

Marilene Pereira de Barros, presidente da entidade, esclareceu que a escola está devendo para Lienca, que teria sido cobrada pela postura das apresentações da última segunda (20) e terça-feira (21), no Carnaval da Capital.

“As escolas trabalham o ano todo para chegar na passarela, é uma batalha para chegar na final. Nós empregamos muita gente, mas também trabalhamos com dinheiro público e somos cobrados para fazer bonito na avenida. A escola [Unidos do Aero Rancho] não estava nos padrões carnavalescos, chegou atrasada. Nós ficamos muito tristes, não é fácil”, disse.

Ela reforça que a assembleia contou com a presença da direção da Liga e da escola, a pauta foi assinada em ata para ciência e será levada para oficialização em cartório. As partes podem entrar em acordo quando os débitos forem sanados.

Direção aponta dificuldades com fornecedores

Alberto de Matos, conhecido como Carioca, se diz espantado com a decisão, mas garante que a escola não será fechada e irá recorrer da decisão, apresentando processos de ter sido prejudicado por fornecedores e profissionais do Carnaval.

“Fui pego de surpresa, não tive reação na hora, sai dali morto. Muita gente falou para brigar, mas eu respeito e vou recorrer contra a decisão. Eu não vivo da escola, vivemos para a escola. Eu tenho testemunhas de que tive que vender carro para custear a escola, não vivemos só do dinheiro público. Também vou processar os artistas plásticos que recebem 50% do valor e não entregaram nada”, explicou.

Alberto falou sobre a dificuldade em encontrar fornecedores e grande equipe com conhecimento no ‘mundo do Carnaval’. Segundo ele, há dois anos a escola tem enfrentado dificuldades, principalmente após o incêndio que devastou materiais e estruturas em abril de 2022. Cerca de 70% dos equipamentos foram destruídos pelo fogo.

“Nós entendemos que não era daquele jeito que queríamos desfilar, mas descemos na passarela com bateria, carro alegórico. Eu confiei nas pessoas, mas não conseguimos fazer as fantasias no tempo. São 25 pessoas envolvidas na escola, 12 no executivo e o resto na parte técnica”.

Embora a decisão, Alberto garante que não vai fechar as portas. “Eu vou procurar meus direitos, até ter conhecimento de pessoas de fora. Tive problemas, tive, mas encarei e desfilamos. Se for o caso não desfilo em Campo Grande, mas enrolar o pavilhão, não vou”, finaliza.

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