O bate-papo na mesa, antes do pedido chegar em qualquer restaurante, é de lei. No entanto, foi o tempo de iniciar a conversa com as meninas do Comer em CG que a parmegiana gigante, a qual serve até quatro pessoas, chegou. Acompanhada de arroz, chegou em nove minutos. Já a batata, que é escolhida à parte, chegou, pasmem, em dois minutos. A rapidez que nos deixou chocados é tradição na Arakaki Soba, no bairro Amambai, mesmo em dias de casa cheia.
Fãs do Cliente Oculto, a dupla que faz tour gastronômico por Campo Grande e nos deixa lambendo os beiços com tanta gostosura, recebeu um convite especial: fazer uma parceria e avaliar mais um restaurante. Eu confesso que nunca tinha ouvido falar deste lugar e usei o Waze para colocar o endereço e chegar lá.
Luz dos postes é fraca, mas restaurante ‘ilumina’ região
Descendo a Rua Coriolano Ferraz Baís, que é de mão dupla, a primeira surpresa foi ver que a luz dos postes na rua na região é fraca, quase inexistente, porém, o restaurante traz iluminação e “vida”, tamanha é a movimentação de carros que passam para jantar ali, fazendo descer casais, famílias inteiras para comemorar aniversário e gente que só passa para retirar comida.
O horário marcado foi às 19h e, pontualmente, estávamos no local. Não houve dificuldade para estacionar, mas, todo o entorno do estabelecimento tinha veículos estacionados. Bem posicionados, os garçons permanecem em duplas, em pontos estratégicos, principalmente quando não estão entregando os pedidos dos clientes.
A reportagem então conversou com uma cliente antiga e descobriu várias curiosidades. Uma delas é que a sobaria existe desde 1980, ou seja, 43 anos de tradição no mesmo endereço. Outra é que, embora o nome seja Arakaki Sobaria, as especialidades da casa são o filé à parmegiana e o medalhão.
O primeiro é um prato de filé mignon empanado acompanhado de arroz branco, sendo o inteiro por R$ 140 e o meio por R$ 110. Já o medalhão inclui dois filés mignon enrolados com bacon, acompanhado de arroz a grega e batata palha. O inteiro está R$ 150 e o menor R$ 110. Ambos servem de duas a quatro pessoas.
Sobá vai do P ao G e é possível optar por carne bovina ou suína
No entanto, fazendo jus ao nome, optamos pela parmegiana e o sobá. Na hora do pedido, o garçom pergunta se queremos carne bovina ou suína. Este prato vai do P (R$ 25) ao G (35). Quem gosta de carne, ainda pode escolher espetos de linguiça (R$ 55), contra filé (R$ 80) e picanha (R$ 125), que acompanham arroz, mandioca e vinagrete.
No cardápio, também é possível encontrar arroz à grega, yakimeshi, yaksoba e dobradinha, além de porções de bife acebolado, frango a passarinho, batata frita, mandioca frita e até ovo de codorna. Já as bebidas vão do refrigerante, passando pelo suco e água de coco “de caixinha” até a cerveja e doses de uísque, cachaça e vinho. Suco natural ou ao menos de polpa, não tem. Isso deixa a desejar.
Outro fato é que, infelizmente, a coca-cola de um litro, aquela de vidro, chegou quente na mesa. O que não é possível dizer da parmegiana. Pronta em nove minutos, não deu nem para colocar o “papo em dia”. Servida quentinha em um travessa de alumínio, com aquele molho vermelhinho e muito queijo, é uma parmagiana deliciosa. Carne saborosa, crocante na medida, empanada, tudo no ponto certo.
Queijo ‘puxento’ na hora de servir é irresistível!
No entanto, não acompanha batata. É possível pedir separado, tipo chips, no valor de R$ 36. O alimento chega em uma vasilha grande, em menos de dois minutos. Impossível não ficar saciado com tanta parmegiana e batata na mesa. Aquele queijo puxando na hora de servir… hummmm… irresistível!
Após a refeição, a conversa foi sobre a estrutura da ‘Arakaki’. Embora antigo, como inúmeras casas e estabelecimentos comerciais da região, o local começou pequeno e, conforme foi crescendo, foi fazendo adaptações para chegar ao tamanho de hoje.
Pois bem, do nada, alguém faz a pergunta: ‘Vamos pedir algo para sobremesa?’ E, para nossa surpresa, não tinha nada doce no cardápio. No caixa, na hora de pagar, observamos que o balcão possui inúmeras guloseimas, desde paçocas e pirulitos até doces no pote. Ou seja, quem quiser algo açucarado deve ir até o balcão e já pagar a conta e sair comendo.
Veja como foi a experiência do Cliente Oculto em parceria com o Comer em CG:
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