O amor está no ar… afinal, neste Dia dos Namorados, Campo Grande amanheceu mais florida e enamorada. Muitas histórias se cruzam e mostram que o amor está presente em várias formas e se manifesta em inúmeros lugares. Nesta data tão encantadora, casais da Capital compartilham como se conheceram. De paixonites na escola até encontro no ônibus ou elevador, apaixonados mostram que não existe data e nem hora para o amor. 

Encontro no elevador virou casamento

O ano era 2019 e o dia havia começado como qualquer outro para Marcello Menna e Desireê de Luca, de 31 e 28 anos, respectivamente. Eles acordaram, se vestiram para o trabalho e foram para os escritórios, onde trabalham como advogados em empresas diferentes. O elevador do Edifício Mont Blanc, em Campo Grande, percorreu o 9º andar e, em seguida, o 2º rumo ao subsolo no fim do expediente. Nesse curto período de tempo, Macello e Desireê se encontraram por um acaso dentro do elevador e conversaram pela primeira vez. 

“Perguntei o nome dela, apertei a mão dela, e fomos embora. No dia seguinte virei para o meu sócio e falei (brincando… ou não né minha gente!) que tinha encontrado ela no elevador, e que eu ia me casar com ‘aquela mulher’ um dia!”

“Era janeiro, mais ou menos, eu chamei o elevador ao final do expediente, e, quando parou no 2º andar, o Marcello estava dentro. Na hora foi normal, nos cumprimentamos, mas não conversamos… ao sair do elevador, ele perguntou meu nome e apertou a minha mão. Eu cheguei em casa e falei pra minha mãe: ‘Mãe, hoje eu conheci o amor da minha vida…’ É óbvio que ela não me levou muito a sério”, recorda Desireê. 

Porém, o romance só começou um ano depois. Nesse meio tempo, Marcello e Desireê apenas se seguiram nas redes sociais e conversaram de vez em quando. Para o advogado, foi quando começou o ‘modo sabonete’.

“Eu chamava ela pra sair, e ela nunca podia. Pensa numa figura importante! Inclusive um certo dia chamei ela para um happy hour, pra gente realmente conversar, e ela disse que iria ‘trabalhar até mais tarde’, mas quando o elevador abriu no andar dela, ela entrou como se nada tivesse acontecido”, brinca Menna.

“Depois disso ainda demoramos um ano para sair. Apesar de trabalharmos no mesmo prédio, era bem difícil a gente se cruzar. Tivemos a ajuda do zelador do prédio, seu Valdir, que sempre fazia o ‘leva e traz pra gente’, inclusive foi ele o responsável pela troca de telefones. Conversamos algumas vezes, mas nunca dava certo da gente combinar algo”, afirma Desireê.

Marcello, então, decidiu arriscar uma nova tentativa e chamou a advogada para um encontro. Ela topou e, no mesmo dia, eles foram para um bar da cidade. De lá para cá, o casal não se desgrudou mais. 

“Em janeiro de 2020, ele me mandou uma mensagem no almoço, perguntando se eu topava fazer algo à noite. Eu desmarquei tudo que eu já tinha combinado e fui. Na época eu não queria nada sério, até uma amiga minha falou no dia: ‘Não vai porque não vai mais ter volta’. Quando já estávamos juntos, descobri que ele já falava de mim no escritório há um ano […] no mesmo dia que eu falei dele pra minha mãe, ele falou para o sócio que tinha visto uma menina no elevador e que, se chegasse a sair com ela, se casaria”, Desireê.

Marcello e Desireê já estão há 3 anos e 4 meses juntos. Eles se casaram no civil em janeiro de 2023 e os planos para o futuro envolvem realizar a festa de casamento, viajar muito e aproveitar a lua de mel em agosto. Na opinião dos dois, o destino reuniu suas vidas e, desde o primeiro encontro, foi amor à primeira vista. 

“Após nos conhecermos e dividirmos os detalhes da vida, tivemos a certeza que era pra gente estar junto há muito mais tempo. Parece que sempre estivemos perto, mas um de nós sempre estava atrasado, o que dificultava e muito o nosso encontro. Acredito que o Marcello é meu amor de outras vidas e que só essa aqui vai ser muito pouco. Com certeza nos reencontraremos mais vezes.”

“Posso dizer que foi amor à primeira vista, e sim, também acredito em destino, assim como em outras vidas, reencarnação. Tem coisas que a gente não explica, cara”, conclui Marcelo.

Amor por política cruzou vida de Drielly e Felipe

Quem poderia imaginar que o ativismo político iria cruzar a vida de Drielly Nantes de Souza, 35 anos, advogada e servidora pública estadual, e Felipe Vinícios Rodrigues, 31 anos, profissional de educação física e servidor público estadual? Eles, com certeza, não faziam ideia do que estava por vir quando se conheceram pela primeira vez.

Filiados a um partido político desde muito jovens, Drielly e Vinícios se conheceram durante viagem com destino a Brasília em 2015 para convenção nacional. Ela morava em Dourados, enquanto o rapaz era de Campo Grande.

“Nos conhecemos já dentro do ônibus, em 2015! Depois de algumas partidas de truco, algumas conversas, ficamos na madrugada e, desde então, não nos separamos mais! Namoramos a distância até começo de 2019, que foi quando me mudei para Campo Grande”, recorda Drielly.

Durante esses oito anos juntos, Drielly e Vinícios alegam que o companheirismo e a parceria sempre foram as chaves para o relacionamento dar certo e amadurecer. Agora já noivos, o casal vai se casar em setembro de 2023. 

O par da festa junina virou par da vida 

Juliana de Figueiredo Zanotti, de 28 anos, trabalha como assistente administrativo, enquanto Rodrigo Vitor de Lima Moura, de 27, é engenheiro civil. Eles se conheceram no 1º ano do ensino médio, em uma escola de Campo Grande. Juliana e Rodrigo estudavam juntos, tinham amigos em comum, mas só ficaram próximos quando dançaram na festa junina. Na época, os adolescentes mal poderiam imaginar que de parceiros de festa junina, se transformariam em parceiros de vida. 

“Começamos os preparativos da festa junina e eu precisava de um par, todas as meninas pensaram que os nossos amigos não iam querer dançar e todas pensaram no Rodrigo. Então, eu tinha que ser mais rápida. Ele tinha faltado no dia, então parei a irmã do Rodrigo no intervalo e falei ‘avisa o Rodrigo que ele vai ser meu par na festa junina’. Aí ela avisou e formamos o par”.

Apesar de já ter planos para participar do evento, Rodrigo afirmou que dançar com a Juliana foi um “incentivo a mais” para a sua participação. Então, depois, eles se tornaram grandes amigos. 

“Passávamos a aula conversando, o intervalo juntos, na maioria das vezes com nossos amigos juntos, mas mesmo assim sempre juntos… aí foi surgindo um interesse, eu negava e ele investia”.

O primeiro beijo aconteceu na formatura de 3º ano da irmã mais velha de Rodrigo no mesmo ano e, 10 dias depois, Rodrigo pediu Juliana em namoro quando ainda eram adolescentes. Casal completa 12 anos juntos e vai oficializar a união com cerimônia de casamento em setembro deste ano. 

Paixonite da escola virou amor para resto da vida 

O amor de Bárbara West Diniz, de 23 anos, e Felipe Antonio Vidotte, de 22, também começou a florescer na época da escola, quando eles ainda estavam com 12 anos. Ela trabalha como biomédica, enquanto ele como assessor de investimentos em São Paulo. Porém, quando se conheceram, ambos estavam no 8º ano da escola em Campo Grande. 

“Desde o momento inicial já rolou uma coisa diferente, nós já sonhávamos grandes coisas pro nosso relacionamento mesmo muito jovens, como casamento e filhos. No primeiro ano do ensino médio, ele mudou de escola e nos afastamos. Então, no ano seguinte eu voltei a estudar com ele na mesma escola e descobrimos estar perdidamente apaixonados como antes”, recorda Bárbara.

O namoro começou em setembro de 2016, enquanto o pedido de casamento veio como uma surpresa em fevereiro deste ano. Dessa forma, a cerimônia será realizada em setembro para celebrar o primeiro momento desde que começaram a namorar. 

“Em todo esse tempo fomos muito amigos, porque era algo que já trazíamos da infância, nos conhecemos muito bem e temos grandes sonhos ainda. E depois do casamento vamos nos mudar para São Paulo, que é onde ele trabalha desde o ano passado”, revela a biomédica.