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Você sabia? Campo Grande tem ararinhas verdes e elas são confundidas com ‘primos próximos’

Que animal é esse? Conheça espécie típica da América do Sul
João Ramos -
animal
Se engana quem pensa que este é o ninho da ave avistada - (Foto: Leitor Midiamax)

Um casal animal bem simpático e verdinho chama atenção em tronco abandonado em frente ao Paço Municipal de . Quem olha repentinamente pode até pensar que são duas maritacas, mas não. E, apesar de carismáticas, essas aves não são muito adeptas a se reproduzir nesse tipo de ninho urbano, preferem mesmo um lugar inusitado e até privativo: os forros das casas das pessoas.

Acostumado a ver araras-vermelhas no mesmo tronco na Avenida Afonso Pena, um do Jornal Midiamax pensou que o resto de uma árvore servia de ninho para as aves que são símbolo da capital Campo Grande. Até que, certo dia, ao passar pelo mesmo ponto, notou a presença das verdinhas e acreditou que as mesmas eram maritacas, e que elas teriam “roubado” o lugar das araras.

Ele fez o registro e encaminhou sua dúvida. A reportagem então contatou a bióloga Larissa Tinoco, responsável por coordenar os trabalhos de campo do projeto Aves Urbanas, que trouxe esclarecimentos importantes sobre o animal. Para começar, não são maritacas, nem periquitos, mas pertencem à mesma família das araras.

“Essa espécie é uma maracanã-pequena cujo nome científico é Diopsittaca nobilis. Neste caso, em específico, não me parece ser um ninho de arara, pois a entrada principal está fechada. Provavelmente, foram eles mesmos que fizeram essa cavidade aumentando um pequeno buraco”, diz a profissional.

animal Maracanãs-pequenas em ninho na Afonso Pena - (Foto: Leitor Midiamax)
Maracanãs-pequenas em ninho na Afonso Pena – (Foto: Leitor Midiamax)

“Registramos apenas uma vez a espécie utilizando o ninho construído pelas araras. Isso não quer dizer que ela não possa utilizar, mas a chance que isso aconteça é quase que inexistente. Mas existe uma espécie de maracanã, conhecida como maracanã-de-cara-amarela (Orthopsittaca manilatus), que essa sim é comum se reproduzir e disputar ninhos com as araras-canindés”, esclarece Larissa Tinoco.

Veja imagens desse animal em Mato Grosso do Sul:

Quanto ao avistamento de araras-vermelhas no mesmo tronco, a bióloga especialista explica que elas não se reproduzem aqui em Campo Grande. “Estão aqui no primeiro semestre do ano para se alimentar. Então, mesmo que alguém chegar a ver uma arara-vermelha pousada em um ninho, não indica que ela está para se reproduzir, ou que o ninho é dela”, esclarece.

“Tanto a Canindé, quanto a vermelha, quanto essa maracanã, podem apenas estar explorando. As vezes estava de passagem e parou para dar uma olhada e depois não vai voltar. Pode ser que seja só uma visita. As araras-Canindé, elas sim se reproduzem aqui em Campo Grande e estão no momento de exploração e escolha dos ninhos. Pode ser também que, num intervalo que a Canindé foi se alimentar, a maracanã pousou ali”, pontua.

Por fim, ela encerra o assunto dizendo que é necessário observar por um bom tempo para entender o comportamento da ave. “Em outro momento, em outro período, essa cavidade pode ser explorada por um tucano, por um urubu. A observação dessa dinâmica é a longo prazo. Tem que parar e ficar olhando o que vai acontecer”, finaliza.

Algumas curiosidades sobre as macaranãs-pequenas

As maracanãs-pequenas não são consideradas ameaçadas de extinsão e também não são frequentemente encontradas em cativeiro, embora também possam ser um animal de estimação com a devida autorização.

Elas são consideradas aves bem sociáveis, com longevidade de 30 anos e altura de 30 a 35 centímetros. O Brasil é um dos países de origem dessa espécie, que é natural da América do Sul. Em Mato Grosso do Sul, é frequentemente avistada na região do cerrado.

Avistamentos do animal em Campo Grande podem ser conferidos clicando nos links abaixo:

No quintal de casa

Próximo a UFMS

Em algum ponto de Campo Grande

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* Alterado às 17h em 2 de junho para correção de informação

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